Sociedade
Advogados reforçam pedido de destituição de Joel Leonardo
Quatro meses depois da Ordem dos Advogados de Angola (OAA) ter instado o Presidente da República, João Lourenço, a convidar o presidente do Tribunal Supremo, Joel Leonardo, a renunciar ao cargo, por conta das acusações de estar alegadamente envolvido em actos de corrupção, nepotismo e má gestão do órgão, juntou-se esta semana, um outro grupo de advogados, que avança com uma acção popular junto do TS, pedindo a suspensão do juiz presidente do órgão e “imediata instauração” de um processo disciplinar.
Liderado pelo advogado José Luís Domingos, o grupo remeteu junto da Câmara do Cível, Administrativo, Fiscal e Aduaneiro do Tribunal Supremo, a acção popular administrativa colectiva que, segundo os queixosos, os factos arrolados nela, são de domínio público, através de publicações em órgãos de comunicação digitais e que não se encontram protegidos pelo segredo de Justiça.
Apurou o Correio da Kianda junto de uma fonte da Ordem dos Advogados de Angola, contactado por este jornal, sem gravar entrevista, que a referida acção não vincula a instituição que regula o exercício da advocacia no país.
No passado dia 18 de Abril, um segundo relatório da Procuradoria Geral da República foi enviado ao presidente João Lourenço, apresentando o ponto de situação dos avanços do processo NUP 9240/2023 DNIAP, que investiga alegadas práticas de corrupção envolvendo o juiz-conselheiro presidente do Tribunal Supremo, Joel Leonardo.
Em Maio do corrente ano, a Ordem dos Advogados de Angola deliberou, por unanimidade, no final de uma Assembleia Geral extraordinária que decorreu na província do Huambo, conforme comunicado final, instar o Presidente da República, na qualidade do mais alto mandatário do país, a convidar o Presidente do Tribunal Supremo a apresentar a sua carta de renúncia.