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Sociedade

Sindicalistas dizem que não aceitarão represálias contra trabalhadores grevistas

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As centrais sindicais promoveram no princípio da noite desta sexta-feira, 22, uma conferência de imprensa, que visou esclarecer os acontecimentos dos três dias da greve geral dos trabalhadores da função pública, que teve o seu início no dia 20 do mês corrente em todo território nacional.

O documento lido pelo porta voz dos grevistas, Teixeira Cândido, condena veemente os actos praticados pelas autoridades em algumas partes do país e anunciam que vão levar, nos próximos dias, ao tribunal, processos crimes contra “todos aqueles que praticaram ameaças e detonações de forma arbitrária, cujas provas as centrais sindicais reúnem”.

No documento, os sindicalistas declinam quaisquer consequências resultante da greve geral. Anunciam, por isso, que não aceitarão qualquer medida disciplinar contra os trabalhadores que aderiram a greve e incluindo desconto salariais e de férias, dados serem “os únicos que manifestaram vontade de encontrar soluções nas mesas das negociações, quer extrapolando o tempo limite estabelecido pela lei da greve, para negociação, bem como flexibilizando em todas as exigências apresentadas no caderno reivindicativo”.

No comunicado final da primeira fase da greve, as centrais sindicais manifestam, por fim, a sua toda disponibilidade para negociar com o governo, desde que as propostas respondam ao mínimo do custo da vida actual, particularmente do salário mínimo, bem como actualização do salário da função pública.

Os sindicalistas repudiaram também o comportamento da imprensa pública, “pela tentativa de manipulação da informação e por censurarem as notícias sobre a greve geral”.

Ao findar o comunicado, “as centrais sindicais encorajaram os trabalhadores que participaram da greve, os apoios que receberam por parte de várias organizações da sociedade civil, dos partidos políticos e das organizações internacionais”.

Importa referir, que a greve decretada pelas centrais sindicais visa, dentre outros objectivos, exigir do Executivo angolano, que aumente o salário mínimo nacional na ordem dos cem mil kwanzas.