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Economia

Importância estratégica do Corredor do Lobito no centro de reunião com embaixadores

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O Ministro dos Transportes, Ricardo Viegas D’Abreu, reuniu recentemente em Luanda, com os embaixadores dos Estados Unidos, Suíça, Portugal e Bélgica, acreditados no país, para reafirmar a importância estratégica do Corredor do Lobito para o desenvolvimento económico de Angola, da República Democrática do Congo e da Zâmbia.

O encontro decorrido no Ministério dos Transportes juntou os embaixadores, Tulinabo S. Mushingi, dos Estados Unidos da América;  Josef Smets, da Bélgica; Nicolas Lang, da Suíça e Francisco Alegre Duarte de Portugal.

De acordo com Ricardo Viegas D’Abreu este encontro serviu claramente para “reforçar o compromisso do Governo de Angola na viabilização desta concessão e de todas as suas potencialidades. Foi igualmente realçada a importância do acordo tripartido de facilitação do transporte e carga no Corredor do Lobito assinado entre os três países, assim como a relevância que irão assumir os financiamentos já anunciados pelos parceiros americanos e europeus neste importante projecto para Angola e toda a África Austral”.

Nos termos da concessão adjudicada no final de 2022, o consórcio vai investir USD 256.039.095,00 (Duzentos e cinquenta e seis milhões, trinta e nove mil e noventa e cinco dólares) em infra-estruturas, USD 73.396.479,00 (Setenta e três milhões, trezentos e noventa e seis mil e quatrocentos e setecentos e nove dólares) em equipamentos e material circulante, e um valor adicional de USD 4.345.235,00 (Quatro milhões, trezentos e quarenta e cinco mil, duzentos e trinta e cinco dólares) em actividades diversas.

Ricardo Viegas de Abreu reafirmou, na ocasião, que esta concessão tem a duração de 30 anos, podendo ser prolongada até 50 anos, caso o consórcio opte por construir o ramal ferroviário entre as regiões do Luacano (Moxico) e Jimbe (Zâmbia).

Recorde-se que o Executivo angolano, através do Ministério dos Transportes, e o consórcio constituído pelas empresas Trafigura Group Pte Ltd, Vecturis, SA, e Mota-Engil, Engenharia e Construção África, SA, assinaram no dia 4 de Novembro do ano passado o contrato de concessão do Corredor do Lobito. Nos próximos 30 anos, este consórcio vai assumir a operação, a exploração e a manutenção do transporte ferroviário de mercadorias, assim como a manutenção de toda a infra-estrutura existente ao longo do Corredor.

O valor do prémio de assinatura desta concessão é de 100 milhões de dólares, valor em linha com o montante doutras concessões no sector dos transportes em Angola, tendo permitido diferenciar os concorrentes com base na sua capacidade financeira face à dimensão dos activos em causa.

Com as rendas negociadas, o Estado angolano vai arrecadar, em cada período de 10 anos, USD 319.436.703,19 (Trezentos e dezanove milhões, quatrocentos e trinta e seis mil, setecentos e três dólares e dezanove cêntimos) nos primeiros 10 anos; USD 787.455.410,86 (Setecentos e oitenta e sete milhões, quatrocentos e cinquenta e cinco mil, quatrocentos e dez dólares, oitenta e seis cêntimos) entre o décimo primeiro e o vigésimo; e USD 919.053.959,17 (Novecentos e dezanove milhões, cinquenta e três mil, novecentos e cinquenta e nove dólares e dezassete cêntimos) nos últimos 10 anos.