Starlink de Elon Musk acusada de fortalecer garimpo ilegal na Amazônia

Recentemente, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) identificou uma tendência preocupante: a presença de equipamentos da Starlink, a provedora de Internet via satélite de Elon Musk, em garimpos ilegais na Amazônia. Nos últimos 12 meses, foram apreendidos dispositivos da Starlink em pelo menos 20 desses garimpos.

Durante operações contra o garimpo realizadas de Abril de 2023 a Março de 2024, o IBAMA encontrou pelo menos 32 desses aparelhos, de acordo com informações da imprensa brasileira. No entanto, estima-se que o número real seja ainda maior, ultrapassando os 90 equipamentos apreendidos, embora a marca não tenha sido registada em muitos casos.

Agentes do IBAMA sugerem que quase todos os garimpos ilegais no Brasil adoptaram a Starlink nos últimos tempos.

A preocupação aumenta ao observar que esses equipamentos da Starlink foram descobertos em áreas críticas. Das 32 antenas identificadas, desde Abril do ano anterior, nove foram encontradas na Terra Indígena Yanomami, que enfrenta uma crise humanitária, enquanto outras doze estavam próximas ao Vale do Javari, onde o activista indígena Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips foram mortos em 2022.

O site UOL diz ter procurado a Starlink para esclarecer se há algum controlo sobre a venda desses dispositivos ou o uso do sinal, porém não obteve resposta até o momento.

Elon Musk tem travado um verdadeiro embate contra o Judiciário brasileiro. A campanha de Musk contra o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, com foco no ministro Alexandre de Moraes teve início no domingo, 8, quando o empresário anunciou que iria descumprir as decisões do Judiciário brasileiro ao reactivar contas na plataforma X suspensas pelo STF por conteúdos que propagavam fake news ou atacavam a democracia no Brasil.

O antigo Twitter já perdeu 71% do seu valor desde que foi comprada pelo empresário por cerca de US$ 44 bilhões em Outubro de 2022.