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Opinião

Um Homem é resiliente

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Admite-se, por essa altura, em função das pseudo denúncias que circulam nas redes sociais, que o Primeiro Secretário do MPLA em Luanda esteja a passar por um sufoco ardilosamente urdido pelos de sempre.

Os tais que “forçaram“ o Cda Presidente a transferir o malogrado Rescova de Luanda para o Uíge. Os que se julgam os verdadeiros, os legítimos, os que sofreram nas fileiras do partido. Sem desmerecer o percurso “penoso” de cada um, são os mesmo que se lhes não reconhecem qualquer competência técnica/profissional.

Dito de outro modo, os mais barulhentos no MPLA, nunca trabalharam em empresa nenhuma. Nunca foram bem-sucedidos profissionalmente. Escudam-se nas fileiras esperando a vez para de seguida exalarem toda a petulância do mundo.

É evidente que não se pode falar de feitos extraordinários de Manuel Homem no exercício das suas responsabilidades políticas. Mas seria de uma grande injustiça, ignorar o esforço e dedicação do Governador Provincial de Luanda. Diz quem já privou com ele (nunca tive o privilégio sequer de falar, portanto, não estou em defesa de ninguém), que Manuel Homem é um indivíduo de trato fácil e sempre disponível a ouvir, embora ultimamente tem se escudado, imagine-se por conta da pressão.

É por demais sabido que Luanda é uma praça especial. Perto de dez milhões de cidadãos vivem numa cidade concebida para setecentas mil pessoas. A leitura e a consequente abordagem dos fenômenos sociais da capital do País, exigem muito mais do que a boa vontade. Faz-se pois necessário ouvir as diferentes sensibilidades para se ter uma imagem mais próxima do real e, em função dos indicadores, fazer-se as interpretações mais equilibradas.

Não é sábio alinhar no ridículo “já está”. Afinal nunca esteve, viu-se no resultado das eleições. Portanto, creio que o CPML carece de maior atenção das estruturas centrais, sim, Luanda é especial. Em relação ao Manuel Homem e tal como aconteceria com qualquer outro mortal, seria impossível esperar uma performance proporcional nas duas funções mais exigentes do País. Luanda não se governa exclusivamente com populismo.

Por Rui Kandove