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Sociedade

Centralidades: 60 por cento dos moradores do Kilamba e Sequele são devedores

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Mais de 60% dos moradores das centralidades do Kilamba e do Sequele, em Luanda, têm dívidas para com o Estado angolano, da renda resolúvel das residências adquiridas no quadro do programa de fomento da Habitação do governo.

As duas centralidades da capital do país lideram a taxa de incumprimento da obrigações contratuais, com 65% de dívidas, ao passo que, de acordo com o Fundo do Fomento da Habitação, nas restantes províncias, a taxa atinge os 40%.

Para contrapor a situação, o Fundo do Fomento da Habitação (FFH) lança, ainda este mês de Agosto, uma campanha para a recuperação de rendas resolúveis nas centralidades do Kilamba e Sequele, em Luanda.

O presidente do Conselho de Administração do FFH, Hermenegildo Gaspar, classificou de crítica a situação financeira das centralidades do Kilamba e do Sequele, em termos de pagamento de renda resolúvel.

“Temos dois problemas críticos que tem a ver com as centralidades do Kilamba e Sequele: São as mais críticas para nós em termos de inadimplência”, lamentou o gestor.

Por esta razão, de acordo com o gestor, o FFH está a preparar os sistemas e as condições para iniciarem, numa primeira fase, com os processos de sensibilização dos moradores.

Passada à fase de sensibilização, o FFH vai avançar para um processo mais coercivo.

“Já temos o aval dos ministros das Finanças e das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação para iniciarmos com a campanha de recuperação do crédito”, afirmou o gestor.

Segundo o responsável, que não precisou os montantes, são elevados os valores em dívidas e fazem falta ao Fundo para a construção de outras habitações.

Neste momento, acrescentou, o FFH precisa, a título de exemplo, pagar facturas de empreiteiros em valores acima dos 15 mil milhões de kwanzas.

“ Se conseguíssemos recuperar este dinheiro não teríamos grandes problemas em pagar esses empreiteiros”, sublinhou.
Hermenegildo Gaspar disse ainda que o Estado disponibilizou até aqui 85 mil habitações em 24 centralidades pelo país.

Neste momento, outras duas centralidades, nas províncias de Cabinda e Bengo (Caxito) estão em construção. Para as províncias de Malanje, Cuanza-Norte e Cuando Cubango estão, de igual modo, previstas a construção de centralidades, sob responsabilidade do Ministério das Obras Públicas.

O responsável falava, na última sexta-feira, no habitual matabicho com os Jornalistas, do Ministério das Finanças, em Luanda.

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