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Politica

Angola quer revisão da representatividade regional no Conselho de segurança da ONU

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O desejo foi manifestado pelo Embaixador de Angola na Etiópia e Representante Permanente junto da União Africana (UA) e da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), Miguel César Domingos Bembe, quando interveio, ontem, em Adis-Abeba, no painel de discussão de alto nível sobre reformas do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que decorreu na Etiópia, capital da União Africana.

O Embaixador Miguel Bembe referiu que Angola está perfeitamente alinhada com a Posição Comum Africana, consagrada no Consenso de Ezulwini e na Declaração de Sirte, que estabelece a necessidade de se atribuir ao continente assentos permanentes no CS, com todos os privilégios inerentes a essa categoria.

Explicou que Angola encoraja os outros Estados-Membros da União Africana a reassumirem o seu compromisso sob a égide da referida posição comum, para que o continente possa, com uma só voz, fazer valer todo o seu peso no processo de reforma que é indiscutível, inevitável, desejável e salutar.

“Salientamos, contudo, que é desejável ir um pouco mais longe e encontrar formas e meios de aumentar e orientar melhor a contribuição dos vários recursos postos à disposição do Conselho de Segurança para os esforços de implementação da Arquitectura de Paz e Segurança Africana (APSA), em especial através do apoio às várias iniciativas empreendidas a nível regional e continental”, destacou o diplomata angolano, no final do painel, organizado pela Embaixada de França na Etiópia.

O diplomata angolano enalteceu, por outro lado, o trabalho encorajador realizado pelo Mecanismo A3 (membros africanos não permanentes do Conselho de Segurança da ONU), que testemunha o facto de África ser o único continente a dispor de uma plataforma de cooperação.