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Rebelião abortada “não vai afectar a intervenção militar” na Ucrânia

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A rebelião abortada do grupo paramilitar Wagner não afectará “de forma alguma” a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, garantiu ontem o porta-voz da presidência Russa, numa altura em que as tropas de Kyiv continuam na ofensiva há várias semanas.

“Em nenhuma circunstância vai afectar a intervenção militar”, disse Dmitri Peskov, quando questionado pela imprensa sobre as possíveis consequências da rebelião falhada para os planos do Kremlin na Ucrânia.

“A operação militar especial continua. As nossas tropas conseguiram repelir a contra-ofensiva da Ucrânia”, acrescentou.

O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, suspendeu na tarde de ontem, sábado, as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, para evitar “um derramamento de sangue”, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.

O Kremlin anunciou também que Yevgueni Prigozhin, protagonista da tentativa de rebelião armada na Rússia, partirá para a Bielorrússia, assegurando que a justiça russa não o perseguirá criminalmente nem aos seus combatentes.

No meio da crise na Rússia, a Ucrânia anunciou que lançou uma nova ofensiva no leste do país para recuperar o território ocupado pelas tropas russas.

Ao fim do dia, em que foi notícia o avanço de forças da Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

Antes, o chefe do grupo paramilitar acusou o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando “um número muito grande de vítimas”, acusações que expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.