Sociedade
Centrais sindicais prometem nova greve geral para Junho
Dois dias depois do final da segunda fase da greve geral convocada pelas centrais sindicais, os funcionários públicos regressaram esta quinta-feira, 02, ao trabalho.
Entretanto, as centrais sindicais prometem voltar a cruzar os braços, no próximo mês de Junho, para a terceira fase, caso não se verifiquem avanços nas negociações com o governo.
Sinal positivo foi verificado ontem nas ruas da capital pelo regresso as aulas, depois de os professores terem aderido à greve a 100 por cento.
A confirmação é do porta-voz do SINPROF e membro da comissão técnica das três centrais sindicais, Ademar Ginguma, que lamenta os descontos sofridos pelos professores durante a primeira fase da greve.
Lembrar que nesta terça-feira, dia dedicado ao trabalhador, o Governo disse estar a preparar-se para, a curto prazo, aprovar o salário mínimo nacional, dependendo apenas das deliberações que forem tomadas no Conselho Nacional de Concertação Social.
Entretanto, o porta-voz do SINPROF avança que os objectivos anuais dos estudantes podem ser prejudicados, caso a terceira fase da greve coincida com o momento de prova dos alunos.
Estão também a funcionar as unidades de saúde, que durante o período de paralisação da função pública apenas atendiam os pacientes em estado crítico. A informação foi avançada pelo secretário-geral do Sindicato dos Médicos, Miguel Sebastião.
Já no sector da Justiça, segundo o secretário-geral do sindicato, Joaquim Teixeira, os postos de identificação, conservatórias e cartórios, assim como as lojas de registo, estão já a funcionar com normalidade.
Joaquim Teixeira lamenta, por outro lado, o recuo de alguns trabalhadores na adesão a greve, devido as ameaças sofridas pela entidade empregadora.
Por sua vez, os sindicatos apresentam-se disponíveis para voltar à mesa das negociações, mas garantem que “se não houver avanços por parte do Governo, o país vai registar uma terceira fase da greve geral no próximo mês”.