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Economia

Ano agrícola 2022/2023 regista crescimento de 6,6%

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O ministro da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assis, mostrou-se, ontem, satisfeito com os 6,6% de níveis de produção alcançados no ano agrícola, 2022/2023.

“O ano agrícola 2022/2024 caracterizado com níveis de produção satisfatórios e com um crescimento global de 6,6%, que nos animam a trabalhar cada vez mais, para que alcancemos as metas desejadas, cientes de que estamos no bom caminho”, afirmou.

Francisco de Assis enumerou os vários sectores que obtiveram números “satisfatórios” de Janeiro a Dezembro do corrente ano, com destaque para 341.942 toneladas de carne, o que corresponde a um aumento de 6,9 %, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Ainda 2.761.610.586 (dois mil milhões, setecentos e sessenta e um milhões, seiscentos e dez mil, quinhentos e oitenta e seis) unidades de ovos, correspondente a 2,5 % acima da produção registada no ano passado.

Em relação ao leite, o ministro disse que a produção atingiu o marco de 6.311.088 (seis milhões, trezentos e onze mil, oitenta e oito) litros de leite. Este número representa 12,4 % acima do resultado alcançado no ano transato.

“No âmbito do programa de fomento da avicultura familiar, foram distribuídos um total de 1.515.912 (um milhão, quinhentos e quinze mil, novecentos e doze) pintos da raça Boschveld (galinha rústica) e ração”, disse, acrescentando que tem sido prestada a devida assistência técnica às 60.636 (sessenta mil, seiscentas e trinta e seis) famílias em todo o país, com destaque para a província do Huambo, onde foram beneficiadas um total de 26.000 (vinte e seis mil) famílias.

Ainda no âmbito da produção pecuária, está em curso a implementação do programa de fomento da suinicultura, nas províncias da Lunda Norte, Cuanza Sul, Cunene, Cuando Cubango, Bié, Benguela e Moxico, onde foram distribuídos até ao momento um total de 816 suínos de Raça rústica melhorada, beneficiando mais de 195 famílias.

No âmbito da Investigação Veterinária, destacamos o processamento de 3.029 amostras, no quadro da vigilância epidemiológica, com destaque para as áreas de microbiologia, serologia e parasitologia.

Foram também, produzidas 150 mil doses de vacinas contra a doença da newcastle, no laboratório de produção de vacinas do Lubango.

No âmbito do Projecto Redisse, coordenado pelo Ministério da Saúde, disse que Instituto de Investigação Veterinária tem vindo a implementar o sistema de gestão da qualidade dos laboratórios da Cela, Huambo e Humpata, com o objectivo de se melhorar o seguimento da gestão da qualidade e suas actividades, assim como a qualidade dos serviços.

“Acompanhamos com satisfação a implementação do Projecto de Construção do Centro de Bioveterinária e Produção de Vacinas, na província do Huambo, que tem como propósito, a produção de vacinas e antigénios para animais de criação, tal como bovinos, suínos, caprinos, ovinos, aves e outros, de acordo com as normas de referências internacionais”, sublinhou.

No domínio das florestas, com o início da campanha florestal de 2023, lançamos o regime de exploração florestal sob contractos de concessão florestal, de modo a tornar obrigatório o cumprimento das medidas de florestação e reflorestação e de gestão sustentável dos recursos florestais.

Garantiu, por outro lado, estarem em curso, trabalhos com os Ministérios do Interior e do Ambiente, para a criação do Serviço Nacional de Guarda-Florestal e Faunística, o qual estará adstrito ao Ministério do Interior, com dependência metodológica dos Ministérios da Agricultura e Florestas e do Ambiente, para proteger a floresta e a fauna selvagem, bem como controlar a circulação e comercialização dos produtos florestais, faunísticos e apícolas.

No âmbito da certificação florestal, iniciamos contactos exploratórios com uma das principais organizações mundiais independentes de certificação florestal, a FSC ou Conselho de Gestão Florestal, com o objectivo de facilitar a inserção da madeira de produção nacional e seus derivados, nos principais mercados internacionais e valorizar a sua comercialização.

No âmbito dos projectos de apoio a agropecuária familiar, pequenos e médios produtores, apesar dos desafios ainda observados decorre com impacto, a implementação dos projectos financiados pelas Instituições Multilaterais tais como: o Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Comercialização o Projecto de Desenvolvimento da Cadeias de Valor de Cabinda o Projecto de Reforço da Resiliência dos Agricultores Familiares e o Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial.

“Estes projectos são suportados por financiamento externo que representam dívida para o Angola, e neste sentido devem obrigatoriamente produzir os resultados preconizados e apoiar de forma directa os produtores nacionais, caso contrário devemos reavaliar a pertinência da sua continuidade”, afirmou.