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Economia

“É preciso olhar para a pesca com sustentabilidade”

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O Vice-Presidente da Associação de Pesca na província do Namibe, Jaime da Costa e Silva, afirmou que a fraca fiscalização marítima está a causar escassez de peixe no mercado, razão pela qual “é preciso olhar para a pesca com sustentabilidade”.

O responsável, que falava num workshop dirigido à classe, começou por dizer que os serviços de fiscalização são coniventes com as várias ilegalidades que se cometem, particularmente, naquela província no sector das pescas.

“A fiscalização que temos, infelizmente, por vários motivos, é conivente com as várias ilegalidades que se cometem”, afirmou, exemplificando alguns dos sistemas de fiscalização inoperantes na zona da Baía dos Tigres.

Disse ainda que a pesca artesanal deve merecer melhor tratamento do Governo angolano.

“Temos todos de olhar para a pesca com sustentabilidade. Não podemos só olhar para os números. Temos de olhar com sustentabilidade. Se o tac ou o recurso não permite definir um tac superior ou seja, se não se permitir que se pesque acima do tac, nós não devemos fazer. Se não se permitir pescar numa determinada área com determinado tipo de embarcação, nós não devemos fazer, porque se não, vamos assistir embarcação de pesca artesanal a pescar a 50 cm de água, semi-industrial a pescar a meia milha, e depois os industriais a fazerem o que têm feito, a pescar em uma milha e meia”, explicou, agastado.

Jaime da Costa e Silva defende, por isso, a implementação de políticas concretas para travar a escassez de peixe no país.

“Estamos a ser claros. Estamos aqui a dizer que há cada vez menos peixe, e de todos os segmentos. Nós não estamos a falar de carapau das sardinelas e da cabal. Há cada vez menos caxuxo. Em Angola pesca-se cada vez caxuxo mais pequeno, há cada vez menos corvina, há cada vez menos garopas. Isso está aos olhos de todo o mundo”, afirmou, preocupado.