Politica
Analistas preveem atmosfera nebulosa para Angola nos próximos tempos
Entre as causas de fenómenos que podem vir a alterar a estabilidade e paz em Angola, de acordo com a plataforma de informação estratégica, com sede em Campo Grande, em Lisboa, perfilam as divergências no seio do MPLA, a contestação popular face às dificuldades do Governo em resolver os imbróglios económicos e financeiros, além de factores exógenos por via da República Democrática do Congo.
O África Monitor Intelligence, uma plataforma de informação estratégica reservada sobre o continente africano, junta-se ao Instituto para a Economia e a Paz (IEP), um think tank australiano, e prevê politicamente uma atmosfera nebulosa para Angola nos próximos tempos, sobretudo em véspera de eleições que, de acordo com a Constituição, devem ocorrer em 2027.
A instabilidade, segundo o órgão chefiado pelo jornalista e escritor Xavier de Figueiredo, que cita fontes de meios de inteligência e segurança, estima que ”possa vir a irromper em Angola um ambiente de tensões” em grande parte ”criado/alimentado pela ‘maneira’ como João Lourenço tem vindo a exercer o poder, em substância e no estilo”.
Entre os focos das prováveis tensões, o órgão com sede em Campo Grande, Lisboa – Portugal, realça as fracturas internas no MPLA e em todo o sistema do Estado, tendo em conta o surgimento de alas que contestam João Lourenço, quer na qualidade de Chefe de Estado, quer na qualidade de líder do partido.
A alegada insatisfação provocada na população por “realidades negativas” instintivamente atribuídas à governação, é também apontada como uma pólvora…
”[Por conta dessa insatisfação] avultamos efeitos sociais nefastos de uma crise interna em constante agravamento”, lê-se no relatório do África Monitor, para quem a oposição em Angola está ”cada vez mais aberta, que políticas do regime traduzidas num aumento da vigilância e da repressão contra indivíduos e sectores tidos por ‘politicamente
adversos”’.
Além destes problemas nascidos do próprio solo angolano, o órgão fala também de haver a possibilidade de tensões e/ou conflitos por factores exógenos por via da República Democrática do Congo, um país vizinho marcado por instabilidade de longo prazo.
O África Monitor faz ainda alusão ao Instituto para a Economia e a Paz (IEP), think tank australiano com boa reputação internacional, que incluiu Angola entre os 27 países aos quais identificou “risco alto de conflitos” ou “maior probabilidade de experimentar níveis crescentes de violência na próxima década.
O volume de investimento externo ainda aquém da expectativa, de acordo com o relatório do África Monitor Intelligence, é igualmente apontado como resultado de uma percepção quase generalizada do risco em Angola.
Gomes Lourenço
16/05/2024 at 12:42 pm
Quem não conhece os efeitos da guerra é que ensita os jovens resolverem as questões da fome por via de força, a guerra não para os que tem 60 anos mas sim para os jovens, você estais numa boa a comer o seu bacalhau estás a querer insinuar o quê? Vocês já ganharam muitocom as vidas perdidas do povo angolano, penso que é melhor mudar o discurso de guerra para onde estais e nao para angola.
Menak Francisco
17/05/2024 at 10:21 am
Muito bom, o país vai de mal ao pior
Diogo Guimarães
18/05/2024 at 12:28 am
Nós temos outra mentalidade, a nossa guerra será verbal e não físicas.