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Rússia acusa senadores dos EUA de interferir em votação da Interpol

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O Kremlin tachou esta terça-feira de ingerência a atuação de quatro senadores dos Estados Unidos que pediram numa declaração pública votos contra o candidato russo que concorre à presidência da Interpol.

“Provavelmente é uma espécie de ingerência nos processos eleitorais de uma organização internacional. Como mais podemos interpretar? É um claro exemplo disso”, disse em conferência de imprensa o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.

Ao mesmo tempo, Peskov precisou que as autoridades russas ainda não leram a carta dos legisladores.

Contudo, pediu para esperar pelos resultados da votação, que será realizada na próxima quarta-feira no Dubai no marco da 87ª Assembleia Geral da Interpol.

Os senadores Jeanne Shaheen, Roger Wicker, Chris Coons e Marco Rubio, membros da Comissão sobre Segurança e Cooperação com a Europa do Congresso dos EUA (Comissão Helsínquia), pediram na segunda-feira numa declaração conjunta a evitar a escolha do russo Alexander Prokupchuk como dirigente da organização policial.

“Escolher o general maior Alexander Prokopchuk como novo presidente da Interpol é como colocar uma raposa para controlar o galinheiro”, escreveram os legisladores.

O grupo alegou que a Rússia “utiliza com assiduidade” a organização para “ajustar contas” com as vozes dissidentes, entre políticos, ativistas e opositores.

Segundo os senadores, Prokopchuk esteve “pessoalmente envolvido na estratégia da intimidação” projetada pela Rússia com o objetivo final de “debilitar as instituições democráticas” e “elogiar o regime autoritário” desse país.

Por essa razão, pedem à Casa Branca e aos 192 membros da Assembleia Geral da Interpol que votem contra Prokopchuk nesta quarta-feira.

Prokopchuk, vice-presidente da Interpol e responsável do Escritório Nacional da organização para a Rússia, concorre com o sul-coreano Kim Jong Yang, vice-presidente sénior do Comité Executivo da Interpol e presidente interino depois da detenção em setembro do chinês Meng Hongwei.

Este desapareceu a 25 de setembro após entrar num avião rumo à China e, após vários dias de silêncio, a Comissão Nacional de Supervisão chinesa -o órgão anticorrupção- confirmou a sua detenção.

A 7 de outubro, a Interpol recebeu a carta de demissão do até então presidente e uma comunicação de Pequim informando que Meng também não iria continuar como delegado da China na organização.

EFE

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