Connect with us

Sociedade

Abertura da Barragem das Mabubas deixa bairros de Caxito submersos

Published

on

Os bairros da cidade de Caxito, província do Bengo, estão desde a madrugada de ontem submersos por causa da água do rio que transbordou.

O transbordo do rio foi provocado pela abertura das comportas das Albufeiras da Barragem Hidroeléctrica das Mabubas, aumentando assim os níveis do caudal do rio Dande.

Várias são as casas que foram destruídas pelas correntes de água e as culturas nos campos agrícolas foram arrastadas.

As famílias viram-se a abandonar as suas residências, principalmente das comunidades ribeirinhas.

O porta-voz dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros no Bengo, Costa Ngunza, aconselha às famílias a procurarem por localidades mais seguros para se abrigarem.

A engenheira Celeste Cassul, da PRODEL, disse que as chuvas que se abatem na região, levaram a alteração dos níveis da albufeira da barragem, o que obrigou a abertura das comportas para reduzir o volume da água.

“Voltamos a registar um aumento substancial dos níveis de água da albufeira, reduzindo o tempo de monitoramento, que passou de uma hora para 30 minutos, no sentido de garantirmos a segurança da própria barragem”, afirmou.

A governadora do Bengo, Maria Antónia Nelumba, apela ao governo Central, a sociedade civil e ao empresariado local, a mobilizar recursos no sentido de ajudar a acomodar as populações afectadas.

“Precisamos de chapas de zinco para poder albergar algumas pessoas, sobretudo alimentação e roupas, porque as pessoas perderam tudo o que tinham. Essa avalanche de água provocou alguns estragos, já tínhamos os estragos anteriores e agora temos mais 200 pessoas para alojar e então o que nós queremos apelar é mesmo apoio da sociedade civil e outras entidades aqui do Bengo que nos possam apoiar, com mais chapas em primeira instância para está população”, apelou.

Maria Nelumba afirmou igualmente que mais de 10 mil chapas de zinco já foram mobilizadas junto da acção social.

“Para as populações não ficarem sem o que comer, precisamos de pelo menos fuba de milho, massa alimentar, conserva de carnes, para podermos dar alimentação a esta população”, apelou.