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Politica

Corrupção leva China a “chumbar” oito pedidos de Angola

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A recente visita de João Manuel Gonçalves Lourenço a China que visou, dentre outros assuntos, atrair financiamento, está a ser apontada pelos analistas económicos, fundamentalmente, como um dos primeiros fracassos da presidência angolana, na era JLO, no que a diplomacia economia diz respeito.

Embora João Lourenço tenha anunciado durante o discurso em que apresentou o Estado da nação, na Assembleia Nacional, a recepção de dois (2) mil milhões de dólares norte americanos, do Governo chinês, a ofensiva de milhões não atingiu, sequer, metade dos objectivos traçados, porquanto, segundo fontes do Correio da Kianda, o Governo da China terá “chumbado” boa parte dos projectos apresentados por Angola.

Não tornada pública, por questões de estratégia de comunicação, a informação do “chumbo” de oito dos nove projectos, é sinal de total desconfiança do gigante asiático sobre a forma como Angola gere a coisa pública, referem as nossas fontes.

A nossa reportagem sabe que João Lourenço levou na sua bagagem nove projectos para serem financiados pela China, nomeadamente: a conclusão da segunda fase do Centro Integrado de Segurança Pública, a Construção do novo Centro de Convenções e Hotel, a Reabilitação e apetrechamento do Sistema de Abastecimento de Águas de Luanda, a Construção do Aproveitamento Hidroeléctrico do Zenzo, a Ligação de Média e Alta tensão das províncias do Huambo, Huila e Namibe, a Requalificação do Troço Ferroviário Zenza-Cacuso, a Ligação Ferroviária Luacano – Jimbe que liga via Caminho-de-Ferro a província de Benguela a Zâmbia, a continuidade do Programa de Reabilitação de Infraestruturas Rodoviárias um pouco por todo o País e, finalmente, a Construção da Nova Base Naval da Marinha de Guerra das Forças Armadas Angolanas.

Destes projectos a China só aprovou aprovou e deverá apoiar apenas um único – o de Aproveitamento Hidroeléctrico do Zezo – num valor total de 600 milhões, em que, segundo a fonte que vimos citando, o fornecimento dos equipamentos está na responsabilidade do Governo da Alemanha, outro interessado em financiar o mesmo.

Um outro ponto que evidência o descontentamento da China relativamente aos investimentos feitos em Angola, tem a ver com o facto de exigir que dos 2 mil milhões de dólares disponibilizados, 1, 4 mil milhões, devem ser utilizados exclusivamente para o pagamento das dívidas que contraiu com às empresas chinesas que operam em Angola.

Refira-se, porém, que mesmo com a divulgação do montante contraído, os entendidos na matéria questionam por exemplo, o facto de até aqui não terem sido divulgados os números referentes à taxa de juro a aplicar nesta nova operação.