Cimeira em Dallas é oportunidade de negócios entre EUA e África, considera João Lourenço

O Presidente da República, João Lourenço, ressaltou esta terça-feira, 07, ao discursar na abertura da 16ª Cimeira Empresarial EUA-África, que o evento “é uma oportunidade para se fazer uma reflexão sobre as oportunidades de negócios e as perspectivas entre os EUA e o continente africano”.

Destacou também “a importância do investimento privado para a economia dos países africanos, que precisam de aumentar e diversificar a produção de bens de consumo e serviços, transformar as matérias-primas e diversificar os produtos de exportação”, tendo reconhecido “a importância do investimento público e das parcerias público-privadas em infra-estruturas, para o salto que o continente pretende dar”.

“A integração económica das comunidades económicas regionais e de África, no seu todo, implica haver maior mobilidade, conectividade, facilidade de circulação e partilha de algumas infra-estruturas fundamentais entre os países africanos para se poder ligar facilmente os países do norte do continente, do Magreb, ao sul da África Austral, ou os países da costa ocidental africana banhada pelo oceano Atlântico, aos países da costa oriental africana banhados pelo oceano Índico”, realçou.

Continuou por dizer que, para se alcançar este propósito, “é necessário um investimento forte na construção de vias rodoviárias, estradas e auto-estradas transnacionais, de mais caminhos-de-ferro, de mais barragens hidroeléctricas e respectivas linhas de transmissão, mais quilómetros de cabos submarinos e de fibra óptica, o que vai também viabilizar a efectiva implementação do Acordo de Livre Comércio Continental”.

O Chefe de Estado angolano recordou que a cimeira, a decorrer em Dallas, Estados Unidos da América, é sequência da Cimeira dos Líderes Africanos e os EUA, realizada em Dezembro de 2022, em Washington.

Para João Lourenço, as conclusões de tal cimeira “abriram perspectivas animadoras para a intensificação da cooperação económica entre EUA e a África, mormente no capítulo da construção de infra-estruturas essenciais para o desenvolvimento económico e social do continente”.