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Julgamento de Man Genas põe em causa credibilidade do sistema judicial, diz especialista

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O jurista Manuel Cornélio disse hoje, 22, à Rádio Correio da Kianda, que o caso de Man Genas descredibiliza o sistema judicial angolano, pelo facto de o tribunal levar apenas em conta a acusação de difamação e calunia, e revelar uma omissão sobre as denuncias feitas pelo jovem acusado sobre o envolvimento de figuras de relevo dos Órgãos de Defesa e Segurança no narcotráfico em Angola”.

Importa referir que o Tribunal da Comarca de Luanda, procede nesta quarta-feira, 22, no Palácio Dona Ana Joaquina, a leitura da sentença do processo n. º 465/25 TCLDA-E, em que são arguidos os cidadãos Gelson Manuel Quintas, conhecido por “Man Genas”, e Clemência Suzeth Vumbi, acusados da prática dos crimes de calúnia e difamação.

Manuel Cornélio disse que a detenção do denunciante ao invés de se apurar a denúncia, coloca em causa a participação dos cidadãos na vida política do país, o que coloca descrédito nas instituições.

“O cerne da questão seria a denúncia feita pelo Man Genas, que a meu ver, mereciam investigações por conta da relevância do assunto e o possível envolvimento de altas figuras que o mesmo cita, e não julgar o cidadão por difamação e calúnia” sublinhou.

Para o especialista, em caso de condenação à luz do ordenamento jurídico angolano, Man Genas e sua esposa arriscam a uma pena de prisão que vai de 6 meses à 2 dois anos, ou de multa que vai de 60 à 240 dias.

Os arguidos são acusados pelos representantes do antigo Ministro do Interior, Eugénio César Laborinho, de terem recorrido às redes sociais e a diversos portais e sites na internet para disseminar informações que apontavam o antigo Ministro e o ex-Director Geral Adjunto do Serviço de Investigação Criminal, Fernando Receado, como os “barões da droga” em Angola.

O processo de julgamento de Man Genas e a esposa, está a ser conduzido pelo Meritíssimo Juiz de Direito, Inocêncio Mwata.

O Ministério Público é representado pelo Procurador, Tomás Chingongo, a defesa é composta pelos advogados, Gelson Bunga e Alberto Quechinacho, ao passo que o ofendido é representado pelo Advogado, Alceneo Cristóvão.

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