Acesso à Habitação: Polícia reprime tentativa de manifestação em Luanda

Centenas de jovens de diversos bairros do município de Cacuaco, em Luanda, pretendiam realizar uma manifestação este sábado, 08, para exigir do executivo angolano o “direito habitação e melhores condições de vida”. Entretanto, a Polícia Nacional reprimiu a marcha logo no local de concentração.

Segundo João Manuel Panzo um dos organizadores da marcha a manifestação “visava somente exigir o nosso direito a habitação, conforme está consagrado na Constituição da República de Angola e na carta africana com respaldo a juventude”.

“Nós somos munícipes de Cacuaco e as casas do Mayemaye que estão na fase de conclusão e outras que já foram concluídas têm sido vendidos no período noturno”, denuncia o activista.

João Panzo realça que após terem sido já prejudicados por não terem recebidos residências no pólo habitacional da centralidade do Sequele, desta vez irão fazer valer as suas vozes, exigindo de quem de direito, para que os jovens residentes em Cacuaco tenham também este direito.

Outro activista José Andrade, pertencente ao movimento revolucionário, disse que mais uma vez, as forças de segurança e da ordem voltaram a usar a força para reprimir a manifestação que visava somente exigir um direito que está consagrado na Constituição da República de Angola.

Segundo os jovens o que queriam é passar uma mensagem ao Ministro da habitação que as casas do Mayemaye, pertencem a população e que os munícipes de Cacuaco também têm os mesmos direitos sobre habitação.

De recordar que durante a realização da tentativa de manifestação, mais de cinco activistas foram detidos entre eles, o coordenador geral da manifestação e presidente da Associação dos taxista de Angola (ATA), Rafael Inácio, entretanto, devolvidos à liberdade horas depois.