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Educação Financeira

Vícios de consumo do dia a dia representam até 30% do orçamento familiar

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Todos os dias, a Joana faz tudo sempre igual: bebe uma lata de refrigerante no almoço e mais alguns copos à noite. Nem um problema gástrico impede a contabilista Joana Domingos, de 35 anos, de tomar sua Coca-Cola ou Pepsi diariamente. Contudo, ela “acordou” na semana passada, ela colocou as despesas com os refrigerantes na ponta do lápis e deu-se conta de quanto gasta por mês, umas dezenas milhares de Kwanzas. 

Beber refrigerantes com frequência é um dos hábitos que prejudicam a saúde financeira de seu bolso. Às vezes, são costumes gostosos e irresistíveis, mas que, se tiverem seus gastos somados, chegarão a valores impressionantes, como por exemplo: aquele pacote de pipocas, aquela gasosa (refrigerante) na rua, na rolote, aquele salgado, comprados antes oui depois do trabalho, x vezes por dia/semana pode representar milhares de Kwanzas, o que somado por doze meses, daria para algumas compras essenciais… pense um pouco… e verá que é verdade! 

Não digo às pessoas que convivem comigo para deixarem de fazer ou consumir. Eu também tenho os meus pequenos luxos!  Todavia, elas precisam ter noção de quanto esses hábitos custam e ver se o custo-benefício compensa. O interessante é calcular quanto é preciso trabalhar para pagar esses gastos.

O susto com o somatório das contas é o principal aliado. Pode concluir-se que 20% a 30% das despesas do mês são de excessos que podem ser controlados:

— Não estou a escrever para a pessoa parar de beber refrigerantes ou cerveja, mas ela pode diminuir. A redução de consumos de certos prazeres, deve ser feito abruptamente ou de um momento para o outro. É como o desmame de um bebé de beber leite materno. É um processo… 

A Joana já sabe o que fará com o dinheiro do refrigerante: usará numa viagem.

Anotar faz a diferença

Os maiores aliados na contenção de despesas pessoais/familiares são dois simples objectos: lápis e papel. Com eles, a família deve anotar todos os seus gastos, separando-os por categorias, como alimentação, transporte, lazer e outros (aqui entram os maus hábitos).

  • A família tem que tirar uma fotografia dos gastos durante 30 dias. Primeiro, precisa registar, caso contrário, não vai acreditar. Esse diagnóstico só deve ser feito uma vez por ano, para que não perca o impacto. É esse susto o responsável pelas mudanças de hábito.
  • O cartão de crédito, se bem utilizado e com as contas pagas em dia, ajuda as famílias. Mas, se não for usado correctamente, com pagamentos mínimos e rotativos, pode ser transformar numa perigosa arma. 
  • Analise o seu extracto bancário e anote à parte os levantamentos que faz nas ATM’s, levantamentos sem cartão e onde gasta esses pequenos valores, mas que somados podem fazer um bom valor. Esses pequenos valores podem passar por mandar lavar o seu carro, valores dados aos arrumadores de carros, os meninos que levam as compras para a sua casa e muito mais. 

Como eu digo frequentemente, percentagens (%) significa sempre algo materializado em valor absoluto, como por exemplo, o valor do dinheiro: 20, 30% de algo, de certeza que representa algo. Se gasta 20% do seu rendimento em pequenos valores, sendo que a base é um milhão de Kz (1.000.000,00 Kwanzas), 20% é em dinheiro 200.000,00 Kz. Imagine que em doze meses, representa 2.400.000,00 Kz (dois milhões e quatrocentos mil Kwanzas) e o que poderia fazer com esse dinheiro.

Pense no que acabou de ler e como é a sua vida. Quanto é a sua percentagem e o que pensa fazer a partir de agora na sua vida. 

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