Educação Financeira
Depósitos a Prazo
Se o aforrador ou a pessoa particular ou empresa tiver o perfil conservador há um produto financeiro chamado de Depósito a Prazo (DP). Praticamente todos os bancos o têm. Pode encontrá-los nos sites dos bancos ou nas agências dos bancos.
São três as características diferenciadoras deste tipo de produto:
- Simplicidade: é fácil de compreender a sua dinâmica e avançar para a sua constituição;
- Liquidez: muitas instituições permitem a movimentação dos montantes depositados antes do vencimento do prazo – ainda que com penalizações nos juros;
- Segurança: o Fundo de Garantia de Depósito garante o reembolso do capital investido até o máximo de 100 mil euros por depositante em cada instituição bancária. Isto no caso, por exemplo, de falência do banco.
Se investir num DP até 2 anos inclusive, pode beneficiar do que está previsto no Código dos Benefícios Fiscais (Lei n.º 08/22, de 14 de Abril), pois em vez de ter uma retenção pelo banco de 10% de Imposto sobre a Aplicação de Capitais (IA), de 10%, terá uma retenção de 5%. Se este requisito de 2 anos for cumprido.
Verifique na Ficha do Produto/Ficha Técnica, a maturidade do produto, se fizer o resgate antecipado perde ou não os juros (o ganho real do investimento). Esta é uma questão é essencial, pois se o investidor/aforrador investir num DP como Reserva de Emergência. DP de 2 ou mais anos, em que o investidor levantar o seu dinheiro antecipado, perde a capitalização.
Os juros são calculados sobre o Capital conforme a seguinte fórmula: Juros= (Capital*Tempo*Taxa)/365 dias
Verifique igualmente, se pode fazer entregas sucessivas de novos montantes nesse DP.
Adicionalmente, na contração de um crédito no banco em que tem um DP, todo e qualquer produto com o banco, tal cria um histórico de relação entre o banco e o cliente.
Ter parado em casa não é solução. Ter muito dinheiro em Contas à Ordem/Depósitos à Ordem é pouco racional. Mesmo tendo o país uma inflação de 30%, qualquer maturidade inferior à taxa de inflação, o rendimento líquido é negativo, mas dinheiro parado vai contra o princípio da arte das finanças: passar o dinheiro de mão e mão até fazê-lo crescer e desaparecer.
Artigo 153.