África
Persistência dos compromissos assumidos por Ruanda e RDC dentre os desafios do novo mediador, diz analista
O especialista em relações internacionais Adalberto Malú considerou que a pretensão de Angola deixar de ser o principal mediador do conflito no leste da República Democrática do Congo (RDC), representa um ponto de inflexão significativo na dinámica regional após intensas rondas de conversações.
O especialista em relações internacionais afirmou que esta retirada de Angola da mediação do conflito é uma reorientação estratégica para prioridades continentais mais amplas.
Adalberto Malú apontou questões como manter o ímpeto da confiança conquistada e a persistência dos compromissos assumidos por ambas as partes, como desafios do novo mediador do conflito.
Angola deixa de mediar conflito entre a República Democrática do Congo e o Ruanda para focar-se em assuntos gerais da União Africana.
A Presidência da República anunciou nesta segunda-feira, 24, que Angola deixará a mediação do conflito entre a República Democrática do Congo (RDC) e o Ruanda, após meses de esforços para alcançar a paz no leste congolês.
A decisão de acordo com um comunicado de imprensa a que a Rádio Correio da Kianda teve acesso, foi tomada devido à necessidade de o país focar-se nas prioridades gerais da União Africana (UA), organização da qual assume actualmente a presidência rotativa.
“Apesar da saída da mediação directa, Angola reforçou o seu compromisso com a paz e segurança no continente e declarou que, em coordenação com a Comissão da UA, ajudará a definir um novo mediador para o conflito. Esse processo contará com o envolvimento da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), da Comunidade da África do Leste e de outros facilitadores” lê-se no documento.
