Manifestantes apelam apoio incondicional aos líderes da UNITA, PRA-JA e BD

Centena de jovens manifestaram-se na tarde deste sábado, 20, em Luanda, Benguela, Moxico e Uíge, para exigir melhor condições de vida, contra a corrupção, má governação e a realização das autarquias em todos os municípios. Durante os protestos, entoaram canções e criticaram o partido no poder, MPLA, e o Presidente da República, João Lourenço.

A marcha em Luanda teve início às 12h e o ponto de partida foi o cemitério da Santana até ao Largo do Primeiro de Maio.

Dito Dali, um dos organizadores da manifestação em Luanda, escreveu na sua conta das redes sociais que “ao terminarmos a manifestação de hoje, 20.03.2021, pedimos aos presentes para darem apoio e protegerem o Adalberto Costa Júnior, Abel Chivukuvuku e Justino Pinto de Andrade”.

O activista político disse ainda que “estes são dos ‘nossos’ e têm o nosso total apoio por representar a esperança para o povo angolano. E tudo faremos para que um deles chegue ao palácio presidencial em 2022,” frisou.

Dali realça que os líderes da oposição que não aderiram à “Frente Ampla” estão ao serviço do MPLA:

“Agora, quanto aos outros líderes da oposição, não os conhecemos e não sabemos se existem mesmo de facto. Aqueles que aceitaram fazer jogo de uma oposição fingida, encenada, orientada e controlada pelo regime acabarão igual ao MPLA! Os conhecemos muito bem.”

Protestos no Uíge e Benguela

No Uíge, segundo informações no local, durante o protesto foram detidos seis manifestantes, dentre eles constam quatros provenientes da província de Luanda.

Em Benguela, a marcha teve início no Liceu comandante Cassanje e contou com a participação do deputado e secretário provincial da UNITA nesta província, Adriano Abel Sapinãla.