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GAFI mantém Angola na “lista cinzenta” e pede mais eficácia no controlo financeiro

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Enquanto Moçambique, Nigéria, África do Sul e Burkina Faso celebram a sua retirada da “lista cinzenta” do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI), Angola continua sob supervisão reforçada, figurando entre as jurisdições com deficiências estratégicas na prevenção e combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo.

O GAFI, organismo internacional associado à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), anunciou esta sexta-feira, 24, em Paris, a retirada dos quatro países africanos da lista de vigilância, reconhecendo os “progressos significativos” alcançados nas reformas legislativas e institucionais que fortalecem os seus sistemas de controlo financeiro.

Com a nova actualização, permanecem sob observação países como Angola, Argélia, Camarões, Namíbia, República Democrática do Congo, Costa do Marfim e Sudão do Sul, entre outros.

De acordo com o relatório, essas nações ainda enfrentam fragilidades nos mecanismos de deteção, investigação e reporte de operações financeiras suspeitas, exigindo maior articulação entre instituições públicas, sector bancário e autoridades judiciais.

A manutenção de Angola na lista representa um alerta internacional quanto à necessidade de consolidar as políticas nacionais de integridade financeira e de combate ao crime económico, num momento em que o país procura atrair mais investimento estrangeiro e fortalecer a sua reputação externa.

O GAFI salientou que os países removidos, como Moçambique, concluíram os seus planos de ação e demonstraram eficácia operacional na implementação das normas internacionais contra o branqueamento de capitais, incluindo a recuperação de activos e a cooperação transfronteiriça.

A presidente do organismo, Elisa de Anda Madrazo, destacou que “tornar o crime não rentável continua a ser o principal objectivo”, e alertou para o aumento do uso de inteligência artificial generativa por redes criminosas.

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