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Exercício de direitos e liberdades em Angola está cada vez mais “fechado”, denuncia ONG
A ONG Omunga diz que o ambiente para exercício de direitos e liberdades em Angola está cada vez mais “fechado”. Numa carta endereçada ao Primeiro-Ministro português, a organização escreve que há pouca “segurança social capaz de atender as necessidades das populações”.
E em entrevista a Rádio Correio da Kianda, João Malavindele, coordenador da Omunga, com sede no Lobito, entende que é necessário que se dê mais abertura as associações cívicas para exercerem as suas actividades.
“Há cada vez mais fechamento dos espaços cívicos e ausência de políticas concretas para questões habitacionais. Até que ponto Portugal sendo uma país amigo, irmão, pode ajudar nessa fase, uma vez que contribuiu nessa situação toda que Angola hoje vive, no sentido de tentar melhorar esse quadro pensando, sobretudo, nos cidadãos que no dia-a-dia vão lutando para a sua sobrevivência”, disse.
Na anterior governação, avultadas somas em dinheiro passaram por Portugal para outros países europeus, lembra João Malavindele. O activista acrescenta que este dinheiro serviria para investimentos nos sectores da educação e saúde e combate a fome e a pobreza.
“Portugal serviu de porta de entrada e saída para outros países de dinheiro que saiu de Angola e deveria servir para melhorar ou criação de infra-estruturas para garantir emprego, saúde, educação, assistência médica, mas em Angola quase só passou. Portugal teve influência negativa nesse sentido. Com a vinda do senhor ministro a Angola, independentemente dos acordos, é importante como organização da sociedade civil chame atenção do Primeiro Ministro dos problemas que afectam os cidadãos angolanos”, finalizou.