Economia
China continua liderar destinos do petróleo bruto angolano
A República Popular da China continua a liderar os destinos das exportações do petróleo angolano, ao adquirir 48,76% de toda a produção do produto vendido pela Sonangol, de acordo com o relatório de vendas do terceiro trimestre de 2022, apresentado nesta terça-feira, 25, em Luanda.
Angola vendeu, de 1 de Julho a 30 de Setembro de 2022, um total de 41.570.150,4 Barris de Petróleo Bruto. Destes, a China importou 48,76%. A seguir à China está a Índia, com 9,31% de todas as exportações de petróleo vendido pela Sonangol. O terceiro maior destino foi o Canadá, com 6,64% e Espanha com 6,63%.
Constam ainda da lista de destinos das ramas angolanas no terceiro trimestre de 2022, a Itália, a França, Portugal, Taiwan, Tailândia, Malásia e Portugal.
Entretanto, 10,82% do petróleo bruto vendido no período em referência foi para o consumo interno, refinado pela refinaria de Luanda.
Essas vendas, de acordo ainda com o relatório, geraram uma receita bruta de 4.241.812.363,93 Dólares americanos, o que representa uma queda de 556.738.786,00 comparativamente ao segundo Trimestre, quando as vendas geraram 4.808.551.149,93 doláres americanos. No três meses anteriores a petrolífera nacional Sonangol, vendeu 42.176.070 Barris.
O preço médio do Brent, valor de referência para o petróleo angolano foi de 100,839 Dólares por barril.
Para a Sonangol, esses dados representam ganhos para a economia do país. E apresenta vários factores que contribuíram para que a alta de preços nas vendas do petróleo Angolano, como o aumento da procura de petróleo bruto por parte dos países ocidentais, resultante da impossibilidade de serem abastecidos pela Rússia, por conta das sanções impostas àquele país europeu.
A forte procura de Verão, a escassez de oferta para entrega imediata, bem como a alta procura de destilados com baixo teor de enxofre, resultante das expectativas de maior utilização dos mesmos para aquecimento e geração de electricidade, favoreceram a melhoria dos diferenciais das ramas angolanas, segundo o relatório.
Em sentido inverso, as incertezas de consumo por parte da China devido às restrições à mobilidade nos principais centros populacionais, em consequência do aumento de casos de COVID-19, bem como as restrições das exportações de produtos por parte das refinarias chinesas, limitaram a recuperação do mercado.
Outro factor apontado pela Sonangol, como influenciador negativo, são as taxas de frete mais elevadas para os navios VLCC, da África Ocidental para o Extremo Oriente, comparadas às taxas de frete do Golfo Pérsico para o Extremo Oriente, impactaram negativamente a atratividade das ramas angolanas.

Loozap
26/10/2022 em 12:55 pm
A China tem vantagens em todas as áreas, por isso é normal que estejam acima