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“Adiamento de julgamentos mina confiança do cidadão na justiça”, alerta jurista

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O adiamento, sem data marcada, da leitura do acórdão do julgamento dos generais Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino” e Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, mina a confiança que os cidadãos depositam nos órgãos de justiça angolanos, de acordo com o jurista Fernando Kawewe.

Inicialmente prevista para o dia 27 de Outubro, a leitura da sentença foi retardada devido a necessidade de apresentação de reclamações aos quase 300 quesitos formulados pelo Tribunal Supremo durante as sessões de julgamento, segundo a Angop.

Para Fernando Kawewe, a decisão do adiamento, já verificada repetidas vezes no mesmo caso, não abona a imagem da Justiça em Angola, acrescentando que este processo chega a ser cansativo para os cidadãos que aguardam com expectativa a aplicação da justiça.

Tendo em conta que o colectivo de juízes procedeu à leitura de um total de 285 perguntas para o esclarecimento de factos essenciais ao processo, no seu entender, o politólogo João Mateus fez saber que o presente adiamento permitirá maior clareza no tratamento do caso.

Por outro lado, João Mateus, é de opinião que o adiamento da leitura do acórdão do julgamento dos generais “Dino” e “Kopelipa” acarretará uma série de consequências de fórum jurídico, político e social.

Na mais recente audiência, o colectivo de juízes procedeu à leitura de 285 quesitos, correspondentes a perguntas elaboradas pelo tribunal para o esclarecimento de factos essenciais ao processo.

A defesa solicitou adiamento da sessão, alegando que seria “humanamente impossível” analisar e responder de imediato a todas as questões, dada a complexidade e o volume de matéria jurídica envolvida.

O tribunal atendeu ao pedido da defesa e marcou a próxima sessão para o dia 27 do corrente mês, destinada à apresentação formal das reclamações.

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