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Politica

“Não seguimos pessoas, seguimos a causa”. Samakuva discursa para tentar “travar” ameaça de divisão na UNITA

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Em alusão ao 11 de Novembro, Dia da Independência Nacional, o líder do maior partido político na oposição, Isaías Henriques Ngola Samakuva, em uma mensagem dirigida aos angolanos, disse que “não há tanto para festejar, porque não se festeja com fome, endemias e dívidas galopantes, mas que a efeméride sirva de reflexão nacional e para convidar os angolanos a construírem de facto a independência e a unidade nacional”.

Devido às circunstâncias que apontam a uma rotura interna no “galinheiro”, o líder da UNITA aproveitou a ocasião para esclarecer e apelar aos seus membros, que o Acórdão 700/2021 é uma “armadilha política, uma mina que os outros querem que arrebente debaixo dos nossos pés”. Acrescentou ainda que os militantes têm “de ter muito discernimento”.

“Os militantes têm de parar imediatamente com estas práticas. Na UNITA há democracia e democracia significa tolerância, ouvir o outro, mesmo que tenha opinião diferente. Não se chamam nomes às pessoas que pensam diferente de nós”, frisou

Samakuva sublinhou ainda que na UNITA “respeitamos os líderes, mas não seguimos pessoas, seguimos a causa. Seguimos objectivos, princípios e valores, consagrados”, instou e prosseguiu: “Na UNITA não há savimbistas, nem samakuvistas, nem adalbertistas”.

O também conselheiro de João Lourenço explicou ainda que no seu partido “há cidadãos, que se respeitam uns aos outros, que têm opiniões diferentes, mas estão unidos na prossecução da mesma causa, na defesa dos mesmos princípios e valores”.

“Não aceitem a divisão”, pediu Samakuva, aos membros do Galo Negro.

Para o substituto de Jonas Savimbi, “a UNITA é um projecto de crença, de perseverança e de esperança. É um Partido digno e orgulhoso da sua história e não se deve permitir entrar em baixezas de insultos nas redes sociais”.

Isaías Samakuva voltou a apelar unidade e a coesão interna da UNITA: “não respondam a provocações. Vamos manter o respeito, a unidade e a coesão interna da UNITA para podermos ajudar depois a construção da unidade nacional.

Quanto as vozes extra-UNITA que tentam influenciar nas decisões deste partido, Samakuva pediu aos seus militantes que “não permitam que pessoas que não conhecem a UNITA falem em nome do partido e procurem descaracterizá-lo. Não são as pessoas de fora que mandam na UNITA, quem manda na UNITA são os membros da UNITA, os órgãos da UNITA”.

“Quem quiser aderir à UNITA tem de aderir primeiro aos seus princípios e valores. Entrar na UNITA significa aderir aos seus princípios e valores, já estabelecidos. Ninguém deve pretender vir na UNITA para mudar a UNITA ou estabelecer outros valores, outros princípios”, alertou o líder do Galo Negro.

De recordar que mais cedo, ontem, Adalberto Costa Júnior apresentou a sua candidatura ao cadeirão máximo do Galo Negro com adesão massiva dos militantes. O Correio da Kianda registou o acto. Assista abaixo.