Coordenadores dos cursos de comunicação alinhados com o CEFOJOR

Os coordenadores dos cursos de licenciatura em Ciências da Comunicação, Comunicação Social e Jornalismo, aplaudem a nova medida adoptada pelo Centro de Formação dos Jornalistas (CEFOJOR), que passa a receber apenas candidatos com licenciatura concluída.

Em declarações ao Correio da Kianda, o chefe do Departamento do Curso de Comunicação Social, da Faculdade de Ciências Sociais da UAN,  Supriano Dembe, disse que há muito que a comunidade académica aguardava por esta medida para que os recém-formados possam aproveitar a componente prática oferecida pelo CEFOJOR.

“A julgar pelo seu potencial em termos de laboratórios, acreditamos que os formados nas ciências da comunicação estarão melhor preparados para os desafios do mercado”.

Maria Helena, coordenadora do curso de Ciências da Comunicação, na Universidade Jean Piaget, disse que a medida vai permitir que os estudantes se especializem na sua área de formação.

“A medida vai permitir que os cursos ministrados no CEFOJOR recebam apenas técnicos formados também nas ciências da comunicação ao nível superior, para que possamos ter a pessoa certa no lugar certo e tornar o sector mais forte”.

Celestino Macia, que coordena o curso de comunicação social na Universidade Privada de Angola (UPRA), afirmou que com a introdução desta medida o Centro de Formação dos Jornalistas (CEFOJOR) vai elevar o seu prestígio ao actual contexto que vai exigir novas competências aos jornalistas.

“Ausência da especialização, aliado a falta de estágio profissional obrigatório nas redacções, bem como o acompanhamento minucioso dos recém-formados contribui no baixo rendimento que se tem verificado na integração dos jovens no mercado” de trabalho.

Já a coordenadora do curso de Comunicação Social no Instituto Superior Técnico de Angola (ISTA), Celeste Dias, entende que a nova medida está alinhada a política da Comissão de Carteira e Ética Profissional dos Jornalistas, “o que vai permitir que o país tenhamos um jornalismo  a altura dos novos desafios”.

Para coordenadora do curso de Comunicação Social no (ISIA), Bernadeth Horta, seria bom que o centro apostasse num quadro docente com licenciatura e mestrado, igualmente nas Ciências da Comunicação, “para que possamos juntar o útil e o agradável”.

Fernando Borges coordenador do curso de Jornalismo no Instituto Superior Politécnico Metropolitana de Angola, disse que a medida era guardada há já algum tempo pela comunidade académica, que defendia essa postura pela direção do Centro de Formação profissional de jornalistas.

“O CEFOJOR deveria oferecer cursos de especialização para aptidões a candidatos com licenciatura em Ciências da Comunicação, Comunicação Social e Jornalismo com realce para rádio, tv e imprensa”.

O também docente universitário, entende ainda que “estes cursos deveriam se converter em pós-graduação profissional e não académica”, tendo informado que , por outro lado, que apenas Angola oferece o curso médio em jornalismo, o que já não se justifica.

Novas políticas no CEFOJOR

O director do Centro de Formação dos Jornalistas, Ikuma Bamba, disse recentemente ao Jornal de Angola, que a partir deste ano a instituição que dirige vai passar a  receber apenas candidatos com licenciatura concluída em Comunicação Social, Ciências de Comunicação e Jornalismo, para os cursos profissionalizantes ministrados no centro.

Ikuma Bamba justificou a medida com a necessidade de adequar a política formativa dos quadros do sector, em consonância com a legislação em vigor no país. “o curso profissionalizante está reservado aos licenciados em comunicação social e que será de carácter obrigatório nos termos da Lei 05/17 de 23 de Janeiro de referente ao Estatuto dos Jornalistas, que define que é jornalista quem possui licenciatura em Comunicação Social, Ciências da Comunicação e Jornalismo”, citou.

Entre as inovações, o responsável apontou igualmente a introdução de cursos de Relações Públicas com diferentes especializações, para o reforço dos quadros dos gabinetes de comunicação institucional e imprensa.