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Sindika Dokolo morre no Dubai 

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Diversos sites e políticos congoleses confirmaram, hoje, a morte de Sindika Dokolo. O empresário e activista congolês, de 48 anos, teria morrido, nesta quinta-feira, 29, em Dubai, quando praticava um desporto aquático.

“Desceram muito a fazer um mergulho e desmaiou ao subir. O sangue não teve tempo de oxigenar”, soube o Correio da Kianda.

Até o fecho desta matéria, o falecimento do esposo de Isabel dos Santos ainda não havia sido confirmado oficialmente.

É a segunda pessoa próxima de Isabel do Santos a morrer de forma prematura, depois de em Janeiro deste ano, o seu antigo gestor de conta, Nuno Ribeiro ter sido encontrado morto na sua residência, em Lisboa, no dia em que foi constituído arguido pela PGR.

Dokolo era filho do banqueiro Augustin Dokolo Sanu, e da sua segunda mulher, a dinamarquesa Hanne Taabbel. Frequentou o liceu Saint Louis de Gonzague, em Paris, e prosseguiu os estudos na Universidade Paris Vi Pierre et Marie Curie.

Tinha uma das mais importantes colecções de arte contemporânea africana, com mais de 3 mil peças. Inspirado pelo pai, amante de arte, começou a sua colecção quando tinha 15 anos e criou mais tarde a Fundação Sindika Dokolo, a fim de promover as artes e festivais de cultura em Angola e noutros países.

Em Outubro do ano passado, a sua Fundação comprou e repatriou para Angola 20 peças de arte que tinham sido levadas de museus angolanos para colecções estrangeiras e preparou-se para entregar ao museu de Kinshasa a primeira peça congolesa recuperada.

Crítico dos quase 20 anos do regime do presidente Joseph Kabila na República Democrática do Congo, Sindika Dokolo esteve cerca de cinco anos no exílio, devido aos processos movidos contra si em Kinshasa, tendo regressado apenas em maio de 2019, já depois da chegada ao poder de Félix Tshisekedi, que tomou posse como chefe de Estado congolês em Janeiro.

Em Fevereiro de 2016, ainda com José Eduardo dos Santos nas funções de presidente em Angola, a Fundação Sindika Dokolo entregou ao chefe de Estado, no Palácio Presidencial, em Luanda, duas máscaras e uma estatueta do povo Tchokwe (leste de Angola), que tinham sido saqueadas durante o conflito armado, recuperadas após vários anos de negociação com coleccionadores europeus.

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