Politica
CASA-CE exige libertação incondicional dos cidadãos detidos
O Colégio Presidencial da Convergência Ampla para Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) repudiou a forma violenta como as forças da ordem reprimiram a manifestação organizada pela sociedade civil, no passado sábado, 24, em Luanda.
“A CASA-CE manifesta a sua mais profunda indignação pelos actos de repressão e detenção protagonizados pelas forças da ordem pública, contra cidadãos que decidiram sair à rua para manifestarem-se contra o desemprego, o elevado custo de vida no país e exigirem a realização de eleições autárquicas para 2021, sem rodeios”.
A coligação considera que tal prática é contra a Constituição da República e que “belisca” o verdadeiro Estado democrático e de direito.
“Infelizmente, o exercício de um direito fundamental, consagrado na constituição angolana, acabou manchado pela dispersão violenta dos manifestantes”, lamentou.
O repúdio da CASA-CE foi manifestado nesta quinta-feira, 29, em Luanda, em conferência de imprensa pelo seu líder, André Mendes de Carvalho (Miau), que reforçou que o último protesto provocou duas mortes, vários feridos, detenção de mais de uma centena de manifestantes e seis jornalistas”.
A terceira maior força política angolana “exige às autoridades a libertação incondicional dos cidadãos detidos”, disse.
Alexandre Sebastião André, um dos vice-presidentes da CASA-CE, exige a imediata abertura de um inquérito que possa apurar e responsabilizar os autores desta condenável acção, e que provocou mortes, ferimentos graves e detecção à alguns manifestantes.
O Correio da Kianda soube que o Tribunal Provincial de Luanda tem até hoje, 30, para decidir sobre o destino a dar aos 103 detidos.
Os arguidos já começaram a ser ouvidos. Até o desfecho desta matéria, apenas 33 detidos tinham sido ouvidos, faltando desta forma 70 e a defesa prepara um habeas corpus.