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Rússia acusa Israel de violar direito internacional e Carta da ONU ao atacar Doha
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia divulgou um comunicado esta quarta-feira, 10, a condenar o ataque de Israel a delegação do Hamas que participava de negociações para resolver o conflito na Faixa de Gaza, ontem, em Doha, no Qatar.
Para Moscovo, tal ataque é “uma flagrante violação do direito internacional e da Carta da ONU”:
“A Rússia considera o incidente uma flagrante violação do direito internacional e da Carta da ONU, um ataque à soberania e à integridade territorial de um estado independente e um passo que aumenta ainda mais as tensões e a instabilidade no Oriente Médio”, diz a declaração publicada pela TASS, realçando ainda que “tais métodos de lidar com aqueles que Israel considera seus inimigos e oponentes são altamente repreensíveis”.
Nesta terça-feira, 09, as Forças de Defesa de Israel (IDF), em coordenação com o Serviço de Segurança Geral (SHABAK), divulgaram que haviam feito um ataque de precisão contra altos líderes do Hamas que estavam reunidos em Doha.
A informação foi confirmada pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Qatar, Majed al-Ansari, enquanto uma série de explosões eram ouvidas na capital daquele país.
“Um ataque a um país que desempenha um papel fundamental de mediação nas negociações indirectas entre o Hamas e a liderança israelense para encerrar a guerra de quase dois anos na Faixa de Gaza e libertar pessoas detidas, não pode ser visto como nada além de um acto que visa enfraquecer os esforços internacionais para encontrar soluções pacíficas”, apontou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Moscoco garantiu, igualmente, que “a Rússia confirma a sua posição fundamental e consistente de que um cessar-fogo na Faixa de Gaza deve ser declarado o mais breve possível e que não há alternativa à resolução da questão palestina com base no conhecido arcabouço jurídico internacional”, segundo a nota divulgada pela agência de notícias russa.
