Sociedade
Bolsonaro pede a João Lourenço protecção para membros da Universal em Angola
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, enviou uma carta ao presidente de Angola, João Lourenço, demonstrando preocupação e solicitando aumento da protecção a membros da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) no país.
Na passada sexta-feira, 10, o SIC (Serviço de Investigação Criminal) fez acções de busca e apreensão contra pastores da Igreja Universal do Reino de Deus. Templos religiosos também foram alvo dos mandados judiciais do SIC.
A carta foi divulgada ontem no Twitter pelo deputado federal e filho do presidente do Brasil, Eduardo Bolsonaro.
“Julgamos ser preciso evitar que factos dessa ordem voltem a produzir-se ou sejam caracterizados como consequência de ‘disputas internas’. Há perto de 500 pastores da IURD em Angola e, nesse universo, 65 são brasileiros. Os aludidos actos de violência são atribuídos a ex-membros da IURD, que também têm levantado acusações e, com isso, motivado diligências policiais na sede da entidade e nos domicílios de dirigentes seus”, diz a carta assinada por Bolsonaro.
“Meu apelo a Vossa Excelência é para que, sem prejuízo dos trâmites judiciais, com seu tempo próprio, se aumente a protecção de membros da IURD, a fim de garantir a sua integridade física e material e a restituição de propriedades e moradias, enquanto prosseguem as deliberações nas instâncias pertinentes”, solicitou.
De recordar que a IURD em Angola vive o seu pior momento “espiritual” devido às sucessivas clivagens nos últimos dias. Num directo feito via Skype com bispos e pastores angolanos, no fim-de-semana, Edir Macedo chamou de “perversos” todos os pastores que se levantaram contra os bispos brasileiros, prometendo maldição e morte prematura aos pastores angolanos, a quem adjectivou de rebeldes.