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Universidade Metodista demite professores

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O distanciamento físico é uma das medidas de prevenção ao avanço do novo coronavírus. Com isso, as universidades de todo o mundo tiveram que suspender as suas aulas. Em Angola, especificamente, desde final de Março que as aulas estão suspensas e, na semana passada, o Governo suspendeu o pagamento das propinas – que vinha a ser feito 60% do valor – e o ano lectivo, por tempo indeterminado.

Com isso, sem meios para arcar com os custos salariais, ainda na semana passada, o Correio da Kianda noticiou que os colégios estavam a começar a demitir os seus funcionários. Agora, chegou a vez do Ensino Superior com a Universidade Metodista de Angola a contactar o Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social para informar a pretensão de despedimento colectivo de trabalhadores afectos àquela instituição, que é uma das maiores de Luanda.

No documento a qual o CK teve acesso, os Serviços Provinciais de Luanda da Inspecção Geral do Trabalho, acusam recepção da carta enviada pela Metodista a informar a pretensão de demitir e pedindo auxílio “no processo de cálculo das respectivas compensações”.

Ao que o chefe dos Serviços Provinciais, Emanuel Malengue, retorna, mostrando-se “disponível para o efeito”.

Em Abril deste ano, um mês após a entrada em vigor do Estado de Emergência, a Universidade Metodista de Angola deu início ao seu processo de despedimento, enviando um e-mail aos professores não efectivos com o assunto “desligamento da prestação de serviço devido ao Decreto de Emergência”.

“Nos servimos desta para comunicar o desligamento da prestação de serviço devido como colaborador, devido ao Decreto de Emergência vigente em Angola. A luta contra a Covid-19 tem exigido mudanças de procedimentos a cada dia”, expôs.

No comunicado, a Universidade alega que tentou implementar o ensino à distância, mas obteve baixa adesão por parte dos alunos: “agradecemos a cada um de vocês, por aceitar o desafio feito pela Universidade Metodista de Angola de adesão ao ambiente virtual de aprendizado, no sistema académico Mutue. Um quarto de nossos estudantes aderiram e mantiveram a disciplina de estudos nesse tempo de reclusão domiciliar”.

“Que cada um encontre a sua própria forma de contribuir para que o nosso país seja vitorioso na superação das dificuldades sanitárias e económicas desse tempo”, finaliza o e-mail assinado pela reitoria e direcção daquela unidade de ensino.

Radio Correio Kianda




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