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FPU acolhe com entusiasmo a legalização do PRA-JA Servir Angola, diz ACJ

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“A Frente Patriótica Unida acolhe com entusiasmo a legalização do PRA-JA Servir Angola, parceiro firme nesta frente, e considera-a como uma vitória suada dos seus membros, no quadro da solidariedade da Frente Patriótica Unida. A Frente Patriótica Unida felicita os membros da Comissão Instaladora do PRA-JA Servir Angola pela sua resiliência nesta luta pela legalização, que durou cerca de cinco anos. A Frente Patriótica Unida apreciou a posição de pressão da opinião pública angolana, que sempre pôs em causa os chumbos do Tribunal Constitucional sobre a Constituição do PRA-JA”.

O Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, iniciou assim a conferência de imprensa que reúne esta quarta-feira, 23, em Luanda, os líderes da Frente Patriótica Unida.

Adalberto Costa Júnior (UNITA), Abel Chivukuvuku (PRA-JA), Filomeno Vieira Lopes (Bloco Democrático) e Francisco Viana (sociedade civil) estão reunidos hoje com a imprensa para falarem sobre os rumos da FPU após a legalização do PRA-JA Servir Angola.

“A FPU está ciente que tudo fará para abortar os intentos do regime para combater a Frente Patriótica Unida e estimulará a unidade no seio da Frente Patriótica Unida”, disse.

Adalberto Costa Júnior aproveitou a ocasião para falar sobre o Censo Geral da População e Habitação que teve o seu período alargado até 19 de Novembro. O representante do maior partido na oposição, lamentou o que considera como “desorganização manifesta no processo censitário de 2024″.

“O governo falhou na programação, na logística e na gestão dos recursos humanos. Não tendo concluído o censo no prazo internacionalmente recomendado, está agora, apesar do seu alargamento, envolvido em muitas incertezas e dificilmente terá um resultado fiável e confiável, quer para entidades nacionais, quer para organizações internacionais. Todos vimos que o governo não proporcionou os meios materiais e financeiros necessários à realização do censo de forma exitosa, como aconteceu no último em 2014″, criticou.

Conforme o Correio da Kianda publicou anteriormente, o Director do Instituto Nacional de Estatística (INE) e coordenador geral adjunto da comissão de realização do Censo 2024, José Kalenge, afirmou, recentemente, em Luanda, que o alargamento do prazo de recolha de dados censitário para mais quatro semanas não belisca a credibilidade internacional sobre o processo.

José Kalenge, que falava no Centro de Imprensa Aníbal de Melo, na última conferência de imprensa, para dar conta do ponto de situação do processo, respondia a pergunta sobre as recentes declarações do Coordenador Geral do Censo e Ministro de Estado da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, segundo as quais o processo de recolha de dados do censo não se prorrogaria, em obediência as regras internacionais e caso se fizesse, não receberia o reconhecimento devido pelas instituições internacionais.

Jose Kalenge afirmou ainda que antes da tomada de decisão de prorrogar o período de recolha, o INE reuniu-se e consultou os organismos internacionais presentes no país, dos quais obteve reconhecimento da necessidade de se alargar o prazo, tendo em conta os vários constrangimentos observados nas duas primeiras semanas do processo.

Segundo o responsável, os organismos internacionais corroboraram com a ideia, visto que é uma situação que também acontece em outros países do mundo.

Contrabando de combustível

No seu discurso, Adalberto Costa Júnior, instou, igualmente, que sejam informados os nomes das altas patentes e governantes envolvidos no contrabando de combustível e narcotráfico no país, conforme vem sendo denunciado pelo Governo.

“A Frente Patriótica Unida insta o Presidente da República a informar  à opinião pública e aos órgãos de justiça quem são, efetivamente, os altos responsáveis que estão implicados no contrabando de combustíveis”, apelou.

Aproveitou a oportunidade para solicitar ainda que as comemorações em alusão ao 50º aniversário da Independência Nacional devem ser inclusivas:

Achamos que essas comemorações têm que ser inclusivas e devem permitir uma reflexão colectiva sobre o nosso percurso como povo e como Estado. A Frente Patriótica Unida considera que o país não deve continuar a vivera realidade virtual que o regime autoritário impõe a todos os cidadãos através do férreo controlo dos órgãos de comunicação social. A Frente Patriótica Unida apela a todos os cidadãos a conhecerem e a reivindicarem os seus direitos constitucionais na busca de melhores condições de vida. Apela, assim, ao povo angolano para que faça do 50º aniversário da Independência o ponto de viragem para um regime que dignifique o esforço do povo para a conquista da liberdade, da democracia e do bem-estar“. 

Eleições em Moçambique

“A Frente Patriótica Unida condena, nos termos mais veementes e enérgicos, os assassinatos políticos do Dr. Helvino Dias, assessor jurídico do candidato às eleições presidenciais moçambicanas, Venâncio Mondlane, e do Dr. Paulo Nguambe, mandatário do partido Podemos, ocorridos no dia 19 de Outubro de 2024″.

Adalberto Costa Júnior juntou-se assim aos vários organismos internacionais que estão a se opor a escalada a violência em Moçambique após anúncio dos resultados das eleições de 09 de Outubro que apresentou como vencedor Daniel Chapo, da Frelimo, partido no poder.

A Frente Patriótica Unida insta as instituições angolanas e a comunidade dos países de língua oficial portuguesa, CPLP, a pronunciarem-se sobre os atentados à vida, sobre a restrição às liberdades de manifestação e a desvirtualização da verdade eleitoral. A Frente Patriótica Unida manifesta solidariedade com o povo moçambicano na certeza de que a sua luta pela alternância democrática é também a nossa luta e a de todos os povos africanos pela liberdade, pelo desenvolvimento e justiça social. Conclama ao povo angolano para continuar a apoiar a mudança em Moçambique”, disse e ressaltou:

“É tempo de se acabar com os golpes institucionais. É tempo destes golpes merecerem as mesmas punições que são aplicadas aos golpes militares”.

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