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Futuro da Frente Patriótica Unida será unicamente decidido pela UNITA

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A Frente Patriótica Unida (FPU), a estratégia que “estremeceu” o chão do MPLA, é um projecto idealizado por Adalberto Costa Júnior, que o apresentou ao XIII Congresso Ordinário da UNITA, em que concorreu a presidente do partido, em 2019, e repetido em 2021, por conta de uma decisão do Tribunal Constitucional.

O projecto recebeu a chancela da maioria dos delegados ao congresso, que o advertiram que tal iniciativa não devia pôr em causa a bandeira, o nome e os símbolos da UNITA.

E assim foi. Adalberto Costa Júnior atrelou à UNITA o PRA-JA de Abel Chivukuvuku, que não tinha ainda sido legalizado; o Bloco Democrático, de Filomeno Vieira Lopes, bem como membros da sociedade civil.

A estratégia de Adalberto “estremeceu” o chão do MPLA como nunca antes em eleições, tendo a UNITA ganho na capital do país, Luanda, com 62%; na província do Zaire, com mais de 56%; e em Cabinda, com mais de 66%.

Portanto, pode-se dizer que a UNITA é a dona do projecto. O PRA-JA e o BD entendem que já não podem concorrer nas próximas eleições atrelados à UNITA. O PRA-JA por uma necessidade de afirmação política, e o BD, por imperativo legal.

Ambas organizações defendem a transformação da FPU em coligação formal, o que levaria a UNITA a ir às eleições sem a sua bandeira, nome e símbolos, mobilizando entretanto em nome da coligação a aprovar.

E desde que se iniciou esse debate, a UNITA ainda não fez saber a sua intenção de forma oficial.

Em Congresso Constitutivo, o PRA-JA decidiu sair da FPU, caso a plataforma não evolua para uma coligação formal.

O BD ainda não se decidiu, mas deverá fazê-lo na próxima convenção (congresso) deste ano, que deve ocorrer antes do congresso da UNITA.

Mesmo que o BD, que legalmente será extinto caso volte a participar nas eleições agregada à UNITA, venha a largar a FPU, em caso de a plataforma não seja transformada em coligação, a FPU continuará a existir. A UNITA poderá abrir a possibilidade agregar outras forças políticas com as quais deverá ir as eleições.

Em face disso, alguns observadores sugerem ao BD para que entre em negociações urgente com o PRA-JA, no sentido de juntos conceberem uma coligação. E se esse movimento vier a acontecer, vaticina-se que o MPLA deverá concorrer às eleições de 2027 sem grandes preocupações, dado que uma coligação entre o BD e o PRA-JA seria potencialmente ‘ameaçadora’ para o status quo da UNITA de segunda maior força política do país.




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