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Uganda: Yoweri Musseveni diz que protestos têm financiamento estrangeiro
O presidente ugandês felicitou nesta quinta-feira, 25, as forças de segurança pelas dezenas de detenções durante as manifestações anticorrupção de terça-feira, em Kampala, e afirmou que os manifestantes estavam a “planear coisas muito más”.
Numa declaração publicada na sua conta nas redes sociais, Yoweri Museveni afirmou que os protestos “foram financiados por fontes estrangeiras que sempre interferiram nos assuntos internos de África durante 600 anos através do comércio de escravos, do colonialismo, do neocolonialismo, do genocídio e da exploração económica”.
Musseveni disse, por outro lado, que se tivesse sido um protesto patriótico contra a corrupção, pacífico e coordenado com a polícia, ele próprio teria sido o primeiro a ir.
Os protestos de terça-feira foram organizados por um movimento civil, que espera imitar os esforços da população do vizinho Quénia, cuja acção nas ruas obrigou recentemente o Presidente, William Ruto, a demitir quase todo o seu gabinete na sequência de uma oposição generalizada a uma controversa proposta orçamental.
Os protestos dos ugandeses foram motivados pelas alegações crescentes de corrupção contra a presidente do Parlamento, Anita Among, que rejeitou até agora os apelos à sua demissão.
A campanha anticorrupção começou com revelações na Internet de despesas alegadamente irregulares efetuadas pelo gabinete da presidente do Parlamento e por outras pessoas próximas da mesma.

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