Mundo
Árabes residentes nos EUA criam arruaça como não lhes seria permitido nos países de origem
Manifestação com slogans ofensivos e profanação da bandeira norte-americana, em plena capital do país, marcaram a visita do chefe do governo de Israel, Benjamin Netanyahu, que proferiu o seu quarto discurso no Capitólio, em que pediu mais armas para eliminar o Hamas.
Jovens de origens árabes residentes nos Estados Unidos da América estão a tornar o solo de Washington num campo de batalha contra Israel, que tem deixado um rasto de destruição e morte em Gaza, visando resgatar seus cidadãos levados para Gaza como reféns pelo Hamas, há já quase um ano.
Nesta semana, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, rumou para os EUA para proferir um discurso no Congresso norte-americano.
Durante o seu discurso, a parte exterior do Capitólio, o imponente edifício que serve de centro legislativo do país, foi parcialmente cercado por jovens manifestantes, na sua maioria árabes, que, empunhando a bandeira da Palestina, proferiam slogans ofensivos, enfrentaram a polícia presente para garantir a inviolabilidade do recinto, deixaram lixo na rua, e atearam fogo à bandeira dos Estados Unidos, em plena capital norte-americana.
A profanação da bandeira dos EUA é um episódio que vem sendo praticado com alguma frequência pelos árabes e muçulmanos, no Médio Oriente e nalgumas regiões africanas, face à insatisfação relacionada com a política externa norte-americana, mas agora, o fenómeno imigrou para dentro da geografia norte-americana.
Líderes políticos, como Donald Trump e Kamala Harris condenaram a profanação, tendo o antigo presidente republicano sugerido a concepção de penas pesadas a quem profane a bandeira do país.
De referir que os EUA e/ou todo mundo ocidental, é criticado e vilipendiado por parte significativa do povo árabe e muçulmano, mas é nas geografias ocidentais onde têm experimentado a beleza da democracia e Estado de Direito.
Muitos dos jovens muçulmanos e de origem árabe, que se têm radicalizado contra os EUA, em pleno solo americano, em manifestações de rua, não teriam ousado, por exemplo, de profanar a bandeira do Irão, em, Teerã, país que, em 2022, chegou a condenar seus próprios cidadãos a pena de morte por participação em manifestações contra o governo local.