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Presidente da República ordena Ministros a resolverem problema dos professores
O Correio da Kianda teve hoje acesso em exclusivo a cópia de uma directiva do Presidente da República dirigida ao Ministro das Finanças Archer Mangueira, orientando que sejam regularizadas todas as reivindicações constantes nos pontos I e IV da declaração de greve do SIMPROF, nomeadamente os reajustes salariais e o pagamento total dos subsídios.
O documento assinado pelo chefe da Casa Civil Manuel da Cruz Neto, é resultado de uma reunião tripartida entre os Ministros da Educação, Administração Pública e Finanças que remeteu a consideração do Presidente da República no dia 30 de Março as conclusões e recomendações da referida reunião, com anexo da declaração de greve do sindicato dos professores.
O Presidente da República respondeu a missiva no dia 5 de Abril, concordando com as conclusões e recomendações da referida reunião, e orientou os Ministros participantes do encontro, a regularizar as reivindicações do professores.
Sobre os reajustes salariais, por exemplo, a Presidência da República recomenda que seja considerado o processo de actualização dos salários da função pública no geral, com base no principio da diferenciação positiva, cuja efectivação se aguarda para Maio/Junho do corrente ano.
No concernente a reivindicação dos subsídios, o Presidente José Eduardo dos Santos recomenda o Ministério da Educação a realizar uma reunião com a direcção do SIMPROF onde deverão participar também os Directores do MINFIN e MAPTSS para entre outras coisas, discutir o pagamento do subsidio de diuturnidade de 3% a ser pago apenas aos funcionários com cinco anos de serviço.
Infelizmente, os professores não concordam com a solução emanada pelo Presidente da República e decidiram hoje avançar para uma nova greve no ensino geral, a partir desta terça-feira, alegando falta de consenso com o Governo sobre as reivindicações e considerando “negativa” a proposta recebida.
A nova greve, a segunda em menos de um mês, vai decorrer entre 25 de abril e 05 de maio, conforme decisão tomada hoje e comunicada no final da reunião do Sindicato Nacional dos Professores Angolanos (Sinprof) com os secretários provinciais sindicais.
