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FNLA: Jovens manifestam-se para afastar Lucas Ngonda

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Por Zacarias Fonganito
 
A Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) ficará fora do pleito eleitoral que se avizinha, caso Lucas Ngonda insista em se afirmar como o seu cabeça-de-lista, garantiu Tomás Ambrósio, secretário-provincial da Juventude da referida organização política em Luanda.
 
O jovem político, que falava ontem ao Correio da Kianda, à margem da marcha de “Unidade”, realizada pela JFNLA, no troço Cimangola-Vila de Cacuaco, revelou-se confiante no processo de reconciliação em curso no partido, bem como manifestou o seu apoio incondicional à direcção de transição, encabeçada por Fernando Pedro Gomes.
 
Na sequência, Tomás Ambrósio classificou de fantasma o Comité Central que indicou Lucas Benghy Ngonda à cabeça-de-lista da FNLA, às Eleições-Gerais de 2017, para além de os acusar de intolerância política.
 
“Eu, irmão Ambrósio, secretário provincial da JFNLA em Luanda, sou membro do Comité Central, e sei exactamente o que digo. Os supostos homens e mulheres que elevaram o irmão Ngonda à cabeça-de-lista são alheios ao Comité Central do partido, o Comité legítimo é este saído do Congresso de 2015, e que suspendeu o irmão Lucas e o seu secretário-geral”, clarificou Tomás Ambrósio, tendo garantido por outro lado, que se o grupo liderado por Lucas Ngonda insistir com a “aventura” de avançar com a sua candidatura, a JFNLA não permitirá que o partido vá às Eleições.
 
“Temos de parar de brincar com a vida dos militantes, pois a FNLA tem um fardo pesado sobre si, dado os factos históricos. Há muitos antigos combatentes e descendentes de ex-combatentes falecidos a viverem na miséria. Para o Ngonda, estes nada significam. É dever da FNLA forçar o Executivo do MPLA a olhar para esta franja não menos importante da sociedade angolana”, apelou.
 
Em consonância ao dito pelo secretário provincial da JFNLA, o jovem Julinho Jamba Saihanga, presente na marcha, lamenta o facto de a sua avô materna ter morrido sem beneficiar de uma pensão, após ter dado toda a sua juventude na luta contra o colono português por meio da FNLA.
 
“Ela morreu em 2013. O senhor Ngonda tem de ter juízo. Há muita gente a morrer, a FNLA tem de voltar a ter peso para poder forçar o MPLA a olhar para os seus ex-combatentes”, revela Julinho Saihanga.
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