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Comunidade internacional reage negativamente morte de manifestantes no Quénia
Milhares de quenianos saíram às ruas da capital de Nairobi ao longo dos últimos dias para protestar contra um projecto-lei que prevê o agravamento dos impostos.
Ontem, o protesto escalou e os manifestantes assaltaram o Parlamento, havendo registo de, pelo menos, 17 vítimas mortais.
Em causa está um projecto-lei das Finanças 2024, que foi aprovado a 13 de Junho, por 195 votos a favor e 106 contra, e prevê a introdução de novos impostos, incluindo um IVA de 16% sobre o pão e um imposto anual de 2,5% sobre os veículos privados.
Entretanto, as reacções não se fazem esperar. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou hoje “profunda tristeza” pelas mortes.
Também o presidente da União Africana, Moussa Faki Mahamat exprimiu ontem “profunda preocupação” pela violência no Quénia, e instou o país a “manter a calma e a abster-se de qualquer nova violência”.
Em declarações hoje ao espaço “Visão Global” do programa informativo “Capital Central”, Mário Gerson, especialista em relações internacionais, comentou os incidentes do Quénia e alertou para a necessidade de “os governos ter o máximo de cuidados na adopção de algumas políticas com vista a evitar o que se vive actualmente no Quénia”.
Escute as declarações abaixo
