Sociedade
ANATA desmente boato sobre recusa de taxistas em transportar polícias fardados
O Presidente da Associação Nacional dos Taxistas em Angola disse não ser verdadeira as informações, postas a circular nas redes sociais, de que os taxistas teriam anunciado que deixariam de transportar os agentes da Polícia Nacional, a partir desta segunda-feira, 14.
Em declarações exclusivas à Rádio Correio da Kianda, a ANATA avançou que em momento algum reuniu para decidir quem os taxistas “devem ou não levar”.
“Portanto, essa informação não tem o cunho da nossa organização, nem dos taxistas”, afirmou.
Francisco Paciente sustenta que nem a direcção da ANATA, nem o Conselho Consultivo, tentou abordar o tipo de cliente que os taxistas devem levar, por considerar que “o serviço de táxi não vale pela cor, filiação política ou partidária”.
“Isso é uma brincadeira veiculada por qualquer indivíduo nas redes sociais”, afirmou e demarca-se da responsabilidade da instituição que “vela pelos interesses dos taxistas e que tem nela pessoas, centenas e milhares de pessoas dependendo dela”.
A preocupação actualmente, segundo o que disse, tem a ver com a situação socioeconómica dos seus associados e que separar determinados segmentos está fora de hipótese.
“Estamos preocupados com a situação económica e social dos taxistas e gostaríamos de nos focar para questões mais importantes da vida dos taxistas e não separar determinados segmentos da sociedade para não andar em táxis. Portanto, as pessoas andam no táxi com base no seu rendimento”, sublinhou.
As pessoas andam no táxi pagando aquilo que é cobrado oficialmente. Entretanto, nós não dividimos as pessoas por classes para apanhar em táxis Essa informação não é da nossa responsabilidade.
Questionado sobre as alegações de agressão de alguns taxistas durante a manifestação que aconteceu no sábado último, Francisco assegurou que durante as manifestações da sociedade civil, a sua direcção não recebeu informações de agressão contra os taxistas.
“A manifestação era da sociedade em geral, não recebemos qualquer notificação de quem foi agredido como taxista pela polícia”, garantiu.
Continuou dizendo que não confirma nenhuma agressão e enquanto a Associação Nacional de Taxistas não têm responsabilidades acrescidas, “nós não tomamos qualquer tipo de decisão que nos venha à cabeça”, frisou.
