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UNICEF quer melhoria da fatia orçamental reservada a igualdade de género em Angola

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A representante adjunta do UNICEF Angola, Cristina Brugiolo, aconselhou nesta segunda-feira, 14, o governo angolano a melhorar a fatia orçamental reservada à igualdade de género, tendo advogado a necessidade de o governo angolano definir metas para a promoção da igualdade entre homens e mulheres.

Cristina Brugiolo referiu que o UNICEF está preocupado com a qualidade das despesas públicas ligadas à saúde, nutrição, educação e protecção da criança, bem como da água e protecção social.

“Esta é uma análise muito pormenorizada em relação ao género. Nós sabemos que não é fácil identificar quais são as linhas orçamentais em relação a igualdade de género”, afirmou.

Sublinhou, no entanto, que a discussão sobre igualdade de género inclui também os homens, e lamentou o facto de apenas 1% das linhas orçamentais está dedicada a igualdade do género, o que segundo fez saber, exige esforço contínuo nas acções que o governo angolano e seus parceiros têm vindo a desenvolver.

“Nós queremos junto com o governo e com o MASFAMU, aumentar essa percentagem, porque nós sabemos que o desenvolvimento de um país não pode ir a frente sem igualdade de género. Ainda há muito trabalho a fazer, estamos no bom caminho, mas ainda vamos a frente”, reiterou.

Aquela diplomata entende que o próprio governo deve definir as próprias metas a alcançar, no sentido de melhorar o actual valor percentual do OGE reservado à igualdade de género no país, com destaque para acesso à saúde, e educação.

A secretária de Estado para a Família e promoção da mulher, Alcina Kindanda, reiterou nesta segunda-feira, em Luanda, o compromisso do governo angolano para com a promoção do género, através de rubricas financeiras no Orçamento Geral do Estado, tendo defendido ainda o reforço da integração das questões do género no Orçamento Geral do Estado.

“É por este facto que nós, aqui no Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, em parceria com o PNUD e o UNICEF, estamos a realizar este workshop para discutirmos a volta desta questão com os nossos parceiros, e encontrar condições mais apropriadas e capacitar as pessoas que estão ligadas à estás pessoas para que no exercício da sua planificação tenham em conta a orçamentação sensível ao género”, disse.

Esta medida vai permitir que mulheres e rapariga tenham acesso aos seus direitos à saúde, educação, planeamento familiar, empoderamento económico, participação política, facto que segundo fez saber, vai fazer com que tenhamos uma sociedade mais justa, inclusiva entre homens e mulheres no desenvolvimento do país.

Questionada sobre os benefícios da orçamentação sensível ao género, Alcina Kindanda disse que a educação será determinante para um futuro próspero para a promoção de um desenvolvimento sustentável.

A meta, acrescentou a Secretária de Estado, é cumprir com alguns dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

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