África
Egipto reitera apelo para integração de África no Conselho de Segurança da ONU
Foi reiterado no sábado, 20, pelo presidente do Egipto, Abdel-Fattah el-Sissi, os apelos por mudanças estruturais no Conselho de Segurança da ONU para conceder à África um papel maior na formação das decisões globais.
Para el-Sissi, “a voz da África deve estar presente e ser influente na tomada de decisões globais, dado o peso humano, económico, político e demográfico do continente”.
“A voz da África deve estar presente e ser influente na tomada de decisões globais, dado o peso humano, económico, político e demográfico do continente”, disse el-Sissi.
O presidente egípcio fez um apelo por uma ordem mundial “mais pluralista” em uma conferência da parceria Rússia-África realizada no Cairo, que contou com a presença do ministro das Relações Exteriores russo Sergey Lavrov e ministros de mais de 50 países africanos, além de representantes de várias organizações africanas e regionais.
Disse ainda em um comunicado lido por seu ministro das Relações Exteriores na sessão plenária da conferência, que as instituições financeiras internacionais precisam passar por reformas semelhantes para garantir à África uma representação equitativa.
Desde 2005, a União Africana tem exigido que a África receba pelo menos dois assentos permanentes com poder de veto e cinco assentos não permanentes no Conselho de Segurança. Tem argumentado que tais reformas contribuiriam para alcançar a paz e estabilidade no continente, que vem enfrentando guerras há décadas.
No entanto, até agora, os países africanos não conseguiram chegar a um consenso sobre um mecanismo para seleccionar seus potenciais representantes permanentes.
O Conselho de Segurança, responsável por manter a paz e a segurança internacionais, não mudou em relação à sua configuração de 1945.
O referido órgão é constituído por 10 membros não permanentes de todas as regiões do mundo eleitos para mandatos de dois anos sem poder de veto, e cinco países que eram potências dominantes no final da Segunda Guerra Mundial são membros permanentes com poder de veto: os Estados Unidos, Rússia, China, Grã-Bretanha e França.
