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Angola volta ter correspondente de dólar com maior banco americano 10 anos depois

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Depois de dez anos sem acesso directo ao dólar americano, maior moeda transaccional do mundo, Angola volta a ter relações directas de contas correspondentes com bancos norte-americanos, por meio de um acordo assinado entre o banco Standard Bank Angola e o norte-americano JPMorgan, marcando assim o regresso do maior banco dos Estados Unidos ao sistema financeiro angolano.

O economista e ex-vice-governador do Banco Nacional de Angola, Samora Machel, diz que com este acordo, Angola deixa de depender de terceiros para transações com o estrangeiro.

“Isto vai evitar, sim, a redução de custos, a redução de tempo das operações e não vai pressionar as reservas internacionais líquidas, porque o Standard Bank vai domiciliar contas, valores e outros fundos no JPMorgan e o JPMorgan vai, muitas vezes, efectuar as operações e vice-versa”, explicou.

Samora Machel diz ainda que este processo é um passo para estimular a diversificação da economia angolana, augurando que os bancos angolanos façam desse tipo de relação para acelerar o processo de crescimento económico que nós muito precisamos para acelerar a diversificação da economia.

“Pedimos que os bancos nacionais façam mais acordos desse tipo porque é a melhor relação que possa existir e evitar com que a reserva internacional líquida, que já está de forma depreciativa, não caia mais”, referiu.

Referiu ainda que o Standard Bank Angola e o JPMorgan ou outros bancos que têm correspondência ao efectuar esses tipos de operações poderão domiciliar fundos internacionais que estão alocados ao nível do mundo, fundos internacionais que estão alocados em sectores financeiros estratégicos, em países estratégicos e podem ser canalizados para apoio ao crescimento económico de Angola, podendo ser canalizados para o fomento da agricultura, à exploração mineira no país.

E o economista Mário Bernardo dá nota positiva a este acordo que, segundo fez saber, virá dar robustez ao sistema financeiro nacional.

“Temos agora a oportunidade de presenciar um resultado que reflecte efectivamente esse trabalho que tem vindo a ser feito.

Penso que ainda há muitos desafios a serem ultrapassados, mas é bastante positivo e é gratificante para o sistema financeiro iniciar então essa relação de correspondência com os bancos de primeira linha, fundamentalmente aqui com os Estados Unidos da América, que são efectivamente eles que têm a liderança do sistema financeiro internacional”, afirmou.

Mário Bernardo afirmou ainda que essa nota etapa da economia angolana deverá ter reflexos para o acesso da relação de correspondência com outros bancos.

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