Economia
Economista defende selecção criteriosa das empresas que vão beneficiar dos USD 500 milhões
O economista José Lumbo disse à Rádio Correio da Kianda que o financiamento de 500 milhões de dólares do Banco Mundial, que serão utilizados para apoiar projectos em Angola, constitui uma “boa notícia”.
“Do ponto de vista técnico, qualquer investimento cabimentado em despesa de capital, tem um impacto positivo”, disse, mas advertiu que “o financiamento externo por parte do Banco Mundial e do FMI têm sempre o cuidado e rigor”.
“Temos bom período de reembolso e mais um período de graça de 10 anos”, ressaltou. José Lumbo espera, contudo, que este financiamento não venha resultar em crédito mal parado.
Para Lumbo, se distribuir o valor em kwanzas para mil empresas, “cada uma poderá receber quatrocentos e cinquenta quatro milhões, quinhentos e vinte e oito mil, e quinhentos kwanzas, mas, atendendo a taxa de inflação angolana, na ordem dos 29.93%, não é um valor suficiente para implementação de um projecto estruturante para uma fazenda de arroz, que desde o início da cadeia, está avaliado em 76 mil milhões de dólares”, por exemplo.
Por isso, José Lumbo defende “uma selecção criteriosa dos que vão beneficiar desse financiamento”.
O Banco Mundial aprovou sexta-feira última um financiamento de 500 milhões de dólares, para apoiar projectos em Angola.
Segundo o ministro do Planeamento, Victor Hugo Guilherme, as condições de financiamento são muito favoráveis, com 10 anos de graça e juros baixos, para pagamento em 30 anos.
