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Teatro é a forma “de transmitir valores através da arte e merece ser valorizado” – Filipe Zau

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O ministro da Cultura afirmou neste domingo, no Huambo, que o teatro representa o cuidado de transmitir valores através da arte e que merece ser valorizado.

Foi à margem da exibição de duas peças teatrais, “Corredor do Lobito” e “6º andar”, pelos grupos Vozes de África e Amazonas, respectivamente, que o ministro da Cultura, Filipe Zau, fez estas declarações, no Centro Cultural Manuel Rui, no Planalto Central.

Segundo Felipe Zau, a cultura não é apenas entretenimento, mas é representação do desenvolvimento social e do bem-estar.

“A cultura educa. A cultura gera arte e forma consciências. Este cuidado de transmitir valores através da arte merece ser valorizado, merece reconhecimento. É por isso que chamo de verdadeiros trabalhadores da cultura aqueles que, com criatividade e sacrifício, fazem da arte um instrumento de transformação”, enfatizou.

Por sua vez, o governador do Huambo, que fez o discurso de abertura, defendeu a necessidade de uma melhor articulação entre as instituições e os agentes culturais na província.

“Queremos saudar, de forma especial, o colectivo Vozes de África e o grupo Amazonas, por nos proporcionarem mais um domingo dedicado ao teatro. Foi, sem dúvida, um momento fundamental, as peças apresentadas permitiram-nos mergulhar numa grande abstração artística, mas também nos ofereceram importantes lições, porque, naturalmente, o teatro, quando bem feito, traz-nos reflexões sobre o dia-a-dia, sobre os desafios que enfrentamos, mas também sobre as vitórias que vamos conquistando enquanto povo”, disse o governador Pereira Alfredo.

As peças “Corredor do Lobito” e “6º Andar” foram exibidas neste domingo, no Centro Cultural Manuel Rui, num espetáculo inserido nas comemorações dos 27 anos de existência do colectivo teatral Vozes de África.

O evento serviu também para reafirmar o papel do teatro como ferramenta de educação, sensibilização e transformação social.

Além do ministro da Cultura e do governador do Huambo, o evento contou ainda com a presença do Secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio da Silva, entre outras individualidades do governo local e fazedores das artes céticas.

A peça “Corredor do Lobito”, apresentada pelo grupo Vozes de África, aborda o projecto do Corredor do Lobito, uma rota de desenvolvimento económico em Angola. A encenação visa conscientizar a comunidade sobre a importância de preservar os bens públicos, especialmente a linha férrea e os sistemas de energia e água, que fazem parte da infraestrutura deste projeto estratégico para o país.

Já o colectivo Amazonas apresentou a peça “6º Andar”, uma produção intensa que retrata os conflitos entre a vida e o amor ao próximo, no contexto da realidade angolana.

Ambientada no coração de uma maternidade, a peça percorre os diferentes andares do hospital, concentrando-se no 6º andar, onde os segredos, os medos, os choques culturais e a resistência feminina se encontram de forma brutal e poética. A narrativa mergulha em temas como tradição, saúde, poder e solidariedade, num contexto onde nascer é, por vezes, também um acto de luta.

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