Sociedade
Ordem dos Enfermeiros defende institucionalização de exame nacional para melhor aprovação dos formandos

O Secretário-geral Adjunto da Ordem dos Enfermeiros de Angola (ORDENFA), Maximiano Victor, defendeu esta terça-feira, 26, em declarações à Rádio Correio da Kianda a necessidade de se institucionalizar o exame nacional para os estudantes do sector da saúde, para melhor controlo sobre os que devem ou não ser aprovados para o mercado de trabalho.
A reacção surge na sequência do Decreto Executivo Conjunto n.º 13/25 de 20 de Agosto, dos ministérios da Saúde e da Educação, que determina a descontinuação dos cursos técnicos profissionais de Enfermagem e Análises Clínicas em todos os institutos técnicos de saúde públicos, público-privados e privados nas províncias do Bengo, Benguela, Cuanza Sul, Huambo, Huíla, Icolo e Bengo, Luanda, Malanje, Namibe e Uíge, por um período de cinco anos.
Maximiano Victor disse que depois de o profissional ser admitido s00erá emitido uma declaração que certifica a autorização deste profissional para o mercado de trabalho.
Maximiano Victor a iniciativa serve como uma espécie de freio a má qualidade da formação no sector que esse tem constatado.
O responsável disse que a medida agora aprovada surge da preocupação de que os profissionais de saúde para serem formados vem de instituições com idoneidade formativa e com autorização dos órgãos afins com capacidade docente e meios laboratoriais.
Denunciou que muitos dos estagiários destacados nas unidades hospitalares não foram autorizados pela Ordem dos Enfermeiros de Angola ao exercício da função.
Já o académico Paulo Manuel mostra-se preocupado com esta medida, por considerar ser que serve apenas para fechar oportunidade à juventude e apela ao governo que ao invés de aptar pela descontinuidade, criar modelos de fiscalização do sector mais rigoroso e eficaz.
Como alternativa, os institutos de Saúde podem diversificar a oferta formativa em outros cursos médios técnicos da área de Saúde, nomeadamente Anatomia Patológica, Cardiopneumologia, Estomatologia, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição e Dietética, Ortoprotesia, Ortóptica, Radiologia e Saúde Ambiental, desde que reúnam os requisitos legalmente estabelecidos.
Com a finalidade de melhorar o processo educativo e a qualidade dos profissionais que prestam assistência à população, a medida visa organizar e disciplinar o surgimento de instituições privadas de formação de técnicos das áreas de Saúde.
O documento adianta que nas províncias do Bié, Cabinda, Cuando, Cubango, Cuanza-Norte, Cunene, Lunda Norte, Lunda Sul, Moxico e Zaire, os institutos podem realizar matrículas nos cursos de Enfermagem e Análises Clínicas, desde que reúnam os requisitos legalmente definidos.