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João Lourenço alerta para “agenda política escondida” sob pretexto da Reconciliação Nacional

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O Presidente do MPLA, João Lourenço, alertou esta sexta-feira, 31, para o que considera ser uma “agenda política escondida e de mau agouro” que se pretende disfarçar sob o manto da Reconciliação Nacional, advertindo que tais posturas contrariam o sentimento da esmagadora maioria do povo angolano.

Falando na abertura da 9.ª Reunião Ordinária do Comité Central do MPLA,  no Centro de Convenções de Belas (CCB), o líder do partido defendeu que a paz e a reconciliação nacional devem continuar a ser cultivadas como valores permanentes da vida social e política do país.

“Alguns cidadãos, lamentavelmente, apresentam-se, passados mais de dez anos após o fim do conflito armado e em pleno período de paz, com um comportamento de permanente vitimização e autoexclusão do direito inalienável ao exercício e benefício da sua cidadania, este tipo de comportamento não contribui para a paz nem para a reconciliação nacional. Pelo contrário, revela uma agenda política escondida e ergue um novo muro para o futuro do país”, disse.

O Presidente do MPLA sublinhou que o partido sempre deu a devida importância à preservação da paz conquistada e ao fortalecimento da reconciliação, lembrando que o progresso de Angola depende do contributo de todos partidos políticos, igrejas, associações profissionais, sindicatos, investigadores e empresários unidos em torno da pátria e da nação.

João Lourenço saudou as iniciativas de boa-fé promovidas por organizações da sociedade civil e igrejas, destacando o culto ecuménico alusivo ao 50.º aniversário da independência, a realizar-se a 8 de Novembro, como “um momento ímpar de contribuição espiritual para os desafios de Angola”.

Durante a reunião, o Comité Central vai também analisar o tema “Conteúdo Local nas Indústrias dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás”, considerado por João Lourenço um assunto de grande interesse para o empoderamento dos empresários e empresas nacionais num sector exigente e competitivo, onde o país já começa a registar casos de sucesso.

O Presidente do MPLA avançou ainda que o partido vai definir a sua agenda política para 2026, com vista à realização do Congresso Ordinário, que deverá preparar o MPLA para as eleições gerais de 2027.

Na mesma ocasião, destacou a necessidade de uma organização cuidada do próximo Congresso da OMA, sublinhando o papel histórico da mulher angolana na luta pela emancipação e pela igualdade de género.

“As conquistas alcançadas nestes 50 anos de independência tiveram sempre o cunho e o grande contributo da mulher angolana, e a OMA esteve sempre muito presente, acompanhando essa evolução positiva”, reconheceu João Lourenço.

A 9.ª reunião ordinária do Comité Central decorre num contexto em que o MPLA procura reforçar a sua coerência interna, ao mesmo tempo que prepara as grandes linhas estratégicas do partido para os próximos desafios políticos, económicos e sociais do país.

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