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Insuficiência renal: doentes enfrentam dificuldades para comparecerem às sessões de diálise

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Os cidadãos que padecem de doenças renais em Angola dizem estar a enfrentar dificuldade para se movimentar às sessões de diálise, pelo facto de os meios disponibilizados pelo Ministério da Saúde não cobrirem a necessidades de deslocação.

As reclamações dos doentes, fazem referência a maioria dos centros de hemodiálise situados na província de Luanda.

Fernando da Silva reside no bairro da Kaop, em Viana, e há 11 anos que faz diálise no hospital Américo Boa Vida. Para ele, a situação de transporte não é motivo de reclamação, mas outra situação de saúde o preocupa.

Para tentar resolver este e outros problemas, a Associação Angolana de Insuficiência Renal (AAIR), que existe desde 2004, realizou, no último domingo, em Luanda, a sua assembleia geral que visou eleger o corpo directivo para a sua revitalização.

Agostinho Adriano da Silva, eleito presidente para um período de quatro anos, de acordo com o estatuto orgânico daquela organização, que é agora revitalizada, promete advogar junto do governo, para resolução destes e outros problemas vividos pelos doentes renais.

No discurso de tomada de posse, Agostinho Adriano da Silva justificou a “fraca adesão” de candidaturas à presidência da organização – para qual concorreu como candidato único-, com o facto de a associação não ter uma estrutura física, nem fundos para fazer fase às necessidades diárias.

Como linhas de força do seu mandato, a direcção eleita aponta a advocacia, junto do executivo, no sentido de subvencionar os medicamentos para as doenças crónicas, a efectivação da lei de transplante, recentemente aprovada pela Assembleia Nacional, a inscrição na segurança social, daqueles doentes renais que reúnem os requisitos.

A criação de um subsídio de sobrevivência, sob a denominação de apoio social é outro ponto da agenda do referido elenco para os próximos quatro anos.

Subsídio de transporte

Ao traduzir em número, o presidente eleito disse que, através de um estudo de constatação, junto dos doentes em diversos centros de hemodiálise, referiu que para o subsídio de transporte 18.000 mil kwanzas é o valor achado conveniente, visto que nem todos os centros possuem transportes, e naqueles em que existem, não recolhem os pacientes nas respectivas residências, e as viaturas deixam apenas na via principal.

Como exemplo, cita os autocarros do centro Sol, que distribuem os doentes ao longo da avenida Fidel Castro, o que tem dificultado os doentes que residem na comuna do Calumbo, visto que muitos estão desempregados ou impedidos de trabalhar.

Para a compra de medicamentos, a AAIR sugere um subsídio de 20 mil, ao passo que para a dieta alimentar, o estudo determinou que 50 mil kwanzas é o valor mais ideal, atendendo ao facto de que as doenças renais exigem uma dieta alimentar rigorosa e rica.

Na presidência da associação, Adriano da Silva terá como vice, Dionísio Cadete. Para secretariado geral, o elenco é formado por Paulo António Morais, do centro de hemodiálise do Hospital Geral de Luanda. Geremias Paulo é o secretário para as finanças, e Anabela Bela foi eleita secretária para relações Internacionais.

O Conselho Fiscal daquela associação passa a ser dirigido por António Kasaque.

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