Casos de sarampo nas províncias de Cabinda e Icolo e Bengo preocupam autoridades de saúde

No município de Buco-Zau, província de Cabinda, cinco crianças já morreram devido o surto de sarampo, onde duas das quais por intoxicação pelo consumo de chá de liamba, usado pelos familiares para o tratamento da doença.

Desde que começou a doença, em Maio do corrente ano, fala-se num total de 200 casos notificados, com um registo diário de 5 a 6 novos casos da doença, cuja tendência, segundo a directora do hospital municipal, Joana Yoba, é de os casos subirem ainda mais.

Actualmente, o hospital municipal começa estar a ser insuficiente para o internamento dos pacientes devido ao aumento dos casos. A infraestrutura está, neste momento, abarrotada e a situação obriga que em cada cama estejam acomodadas duas a três crianças.

Na sexta-feira passada, as estatísticas apontavam para 18 novos casos de crianças com sarampo internados na mesma unidade sanitária.

Quanto a província de Icolo e Bengo, está a registar um aumento preocupante de casos de sarampo, com uma média de quatro a cinco diagnósticos diariamente.

As autoridades sanitárias mostram-se alarmadas com a situação, principalmente nos municípios do Sequele, Cabiri e Calumbo, que são actualmente os mais afectados.

A chefe de secção de saúde pública e controlo de endemias Maria Barbosa garantiu que acções de bloqueio estão a ser realizados com vista a redução dos casos.

Maria Barbosa lamentou por existir ainda muitas famílias que pautam por práticas não recomendadas.

“Os tabus no que diz respeito ao sarampo existem até hoje, muitas famílias ainda tem esses hábitos, dizem que quando alguém tem sarampo fecham ela no quarto escuro, deve ser amarrado uma corda vermelha no pulso, são tendências que a área da saúde está trabalhar para cortar,” assegurou.